Sindicalistas protestam contra estrangeiros no pré-sal
O movimento contou com dezenas de representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do sindicato de petroleiros SindiPetro, da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet) e do Movimento dos Sem Terra (MST).
O secretário-geral do SindiPetro e da FNP Emanuel Cancella diz que há muito a comemorar no aniversário da companhia, como a descoberta do pré-sal e o desenvolvimento de tecnologias brasileiras para extração em águas profundas. No entanto, Cancella critica o fato de o governo ter permitido a participação de empresas estrangeiras em leilão para áreas de exploração no ano que vem. "Leilão é privatização, é a venda de um bilhete premiado", disse.
Para o petroleiro e candidato a prefeito do Rio Fernando Siqueira, o pré-sal é autossustentável e a Petrobras tem capacidade para desenvolvê-lo sem a participação de empresas estrangeiras. Siqueira sustenta que os dois leilões de 2013 foram marcados por conta do lobby do setor empresarial internacional, interessado em garantir acesso a reservas de petróleo. Segundo ele, os recursos do pré-sal podem acabar em 13 anos com a participação de estrangeiros, ou durar 45 anos com a participação apenas de empresas nacionais.
"A Petrobras já tem recursos para os próximos cinco anos. Depois disso, as receitas do próprio pré-sal podem ser reinvestidas. Não se pode sucumbir a pressões para acelerar a exploração", disse.