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RS decide na próxima semana sobre projeto de rodovia

18:22 | 23/10/2012
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), deve decidir até a próxima semana qual será o destino do projeto da Odebrecht para uma rodovia na região metropolitana de Porto Alegre, que ligará Sapiranga à capital, a ERS-010. Se avançar, essa será a primeira obra no modelo de parceira público-privada (PPP) a sair do papel no Estado.

Nesta terça-feira, uma comitiva de nove secretarias apresentou ao governador um parecer sobre a proposta original da Odebrecht, contratada pela ex-governadora Yeda Crusius (PSDB), com as modificações propostas pela Associação de Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), o que nas palavras do secretário de Planejamento, João Motta, "é a primeira oportunidade de examinar o projeto originário". O secretário destacou que o valor estimado para o projeto em 2010, quando foi entregue, era de R$ 1,5 bilhão, incluindo as vias de acesso e as desapropriações.

Segundo Motta, o governador deve decidir entre aprovar o projeto como está ou pedir detalhamento técnico. O secretário defende que o cálculo dos custos com desapropriações foram feitos por comparação, o que pode ser insuficiente, na avaliação das nove secretarias. Há também áreas de banhado, próximas ao Rio dos Sinos, na altura do município de São Leopoldo, que exigirão aterros e não teriam sido calculadas em detalhes. Esses dois fatores poderiam levar a um aumento nos custos da obra. "Não podemos ser levianos com um projeto desses", argumentou. Questionado sobre a possibilidade do projeto ser arquivado, ele reforçou que essa é uma decisão do governador. No entanto, a pressão para que a obra saia do papel é um indicativo de que o projeto não deve ser abandonado. O governo diz que dezembro é o prazo-limite para que o projeto seja finalizado e as obras possam ser iniciadas.

A ERS-010, também chamada de Rodovia do Progresso, deve ter 99 quilômetros e funcionará como via paralela à engarrafada BR-116 e à estrada em construção, a BR-488. O projeto, ainda de acordo com o detalhamento de Motta, prevê concessão por 35 anos e pagamentos, por parte do Estado, em 21 anos. Ele não detalhou quantas seriam as praças de pedágio. Endividado, o Estado não tem como construir a rodovia sem apoio da iniciativa privada. Em outro tipo de modelagem, o Estado também tem parceria com investidores no projeto de remodelação do cais do porto, em Porto Alegre.

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