A alta dos preços internacionais do trigo não vai impactar imediatamente no preço do pão consumido pelo cearense. Pelo menos para este ano, não há a previsão de nenhuma alta, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado do Ceará (Sindpan), Lauro Martins. Nesta terça-feira, 16, é comemorado o Dia Mundial do Pão.

Ele explicou que o preço da commoditie oscilou, mas já está estabilizado, não havendo necessidade de ajuste. No Ceará, o quilo do pão custa em média entre R$ 6,50 e R$ 7.

O trigo é importado de países como Argentina, Canadá e Estados Unidos, e, há cerca de três meses, tem apresentado preços até 50% maiores. Cada saca dá conta da produção de 55 quilos de pão.

A alta foi decorrente da diminuição da produção por conta de problemas climáticos, como falta de chuvas e tempo seco, e, ao mesmo tempo, forte crescimento na procura pelo grão internacionalmente.

Consumo estável

O consumo de pão no Ceará tem se mantido estável no Ceará sem evoluções ou retrações. Segundo Martins, são 18 kg per capita por ano no Estado, enquanto a média do País é de 35 kg e o recomendado chega a 60 kg. “Estamos bem abaixo da média nacional e mundial”, destacou.

Segundo ele, no Ceará está acontecendo uma mudança de hábito. Ao invés de comprar os pães e levá-los para preparar em casa, muitos preferem consumir na própria padaria para economizar tempo. Além disso, outro fator é a redução do número de membros das famílias.

“É uma mudança de hábitos de consumo. As padarias estão se adequando e se transformando em um centro gastronômico”, destacou.

Para reforçar o consumo, o setor vem reforçando a ideia de que o produto é “saudável, natural e barato”. Outra estratégia é aumentar a oferta de diferentes linhas de pães.

Para celebrar o Dia Mundial do Pão, foram doados 12 mil pães para entidades filantrópicas. As entidades receberam tíquetes para retirar os alimentos de acordo com a necessidade.

Redação O POVO Online