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Oi anuncia venda de ativos para reduzir endividamento

Venda de imóveis trará R$ 643 milhões ao caixa da empresa e poderá reduzir dívida líquida de R$ 24,4 bilhões

14:09 | 03/10/2012
A operadora Oi liderou ontem o desempenho na Bolsa de Valores de São Paulo, com altas de 4,21% (ações ordinárias, ON) e de 2,77% (preferenciais, PN) depois de a empresa de telefonia anunciar a decisão de ingressar no Nível 1 de governança corporativa da Bovespa. No pregão de ontem, o Ibovespa caiu 0,59%. A empresa também divulgou que venderá R$ 643 milhões em imóveis para reduzir seu endividamento. A venda dos ativos imobiliários deverá reduzir a dívida líquida da operadora de R$ 24,4 bilhões para R$ 23,7 bilhões. Relatório assinado pelo analista Carlos Sequeira, do BTG Pactual, prevê que a medida ajude a manter o grau de investimento da companhia. Entretanto, existe uma possibilidade de 60% a 70% de a dívida da companhia acabar sendo rebaixada pelas agências de classificação de risco. A Moody's deverá decidir até meados de novembro sobre o possível rebaixamento dos ratings da operadora, em revisão desde agosto, de acordo com o BTG. O analista destaca que um rebaixamento múltiplo (dois níveis) seria possível, mas não provável. Em 16 de agosto, a Moody's colocou os ratings de Oi e Telemar Norte Leste em revisão para possível rebaixamento. Segundo a agência, a medida foi determinada por uma alavancagem elevada devido a um desempenho mais fraco do que o esperado do fluxo de caixa. O BTG avaliou que o anúncio da venda dos imóveis pode indicar que a Oi teria outros ativos para se desfazer, por exemplo, torres, como fez a Vivo recentemente. Pelo documento do BTG, a Vivo vendeu o equivalente a R$ 1,1 bilhão em torres. No caso da Oi, o BTG estima que a operadora tenha um total de 6 mil torres que, se fossem colocadas à venda, poderiam valer algo como R$ 1,8 bilhão. A venda das torres ajuda na redução da dívida, pondera Sequeira, mas as operadoras passarão a alugar as mesmas torres para uso dos serviços, elevando, por outro lado, suas despesas operacionais.

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