A oferta de crédito no Brasil deve crescer em torno de 15% em 2013, de acordo com o diretor executivo do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, em meio à melhora do índice de inadimplência. Segundo ele, o banco ainda não tem projeções de qual será a expansão da carteira do Bradesco, cuja estimativa deve ser divulgada na próxima demonstração de resultados, em janeiro.

No terceiro trimestre deste ano, a carteira de crédito total do Bradesco, incluindo avais e fianças, ficou em R$ 371,674 bilhões, aumento de 11,8% ante o mesmo mês do ano passado, com destaque para pessoa jurídica, que avançou 13,3%. Apesar de a expansão do trimestre ter ficado abaixo da projeção para 2012, de 14% a 18%, Angelotti destacou que a meta deve ser batida, descartando novas revisões.

"Atingiremos o 'guidance' com o resultado do quarto trimestre. Nossa equipe econômica entende que para os próximos anos o crescimento do crédito na economia, que já chegou a ser de 30% em alguns anos, vai ficar ao redor de 12% a 15%", observou ele.

Questionado sobre se o cenário atual representa o fim da época de lucros gordos para o setor bancário, Angelotti disse que o lucro líquido do terceiro trimestre, de R$ 2,862 bilhões no conceito contábil, é o maior em termos trimestrais para o Bradesco e que o banco segue buscando o melhor nível de rentabilidade possível.