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Copom vê inflação estável, porém acima de 4,5% em 2012

10:30 | 18/10/2012
A projeção do Banco Central para a inflação, pelo cenário de referência e de mercado, manteve-se estável para 2012, mas acima do centro da meta de 4,5% estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A avaliação está na ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central, e sua comparação é com o documento publicado após a reunião de agosto. O sistema de metas de inflação usa como referência o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O cenário de referência leva em conta as hipóteses de manutenção da taxa de câmbio em R$ 2,05 e da taxa Selic em 7,50% ao ano em todo o horizonte avaliado. O cenário de mercado considera as trajetórias de câmbio e de juros coletadas com analistas de mercado antes da reunião do Copom.

Para 2013, a projeção de inflação reduziu-se em ambos os cenários, mas ainda se posiciona, nos dois casos, acima do valor central da meta. Para o terceiro trimestre de 2014, segundo o documento, a projeção encontra-se acima do valor central da meta em ambos os cenários.

Recuperação econômica

Na ata desta quinta-feira foi retirada a "gradual" para definir a recuperação da economia doméstica. A expressão constava no documento da reunião anterior. Naquela ata, os diretores salientaram que "o Copom avalia que a recuperação da atividade econômica doméstica tem se materializado de forma gradual".

Agora, o grupo destacou apenas que o cenário central contempla um ritmo de atividade doméstica mais intenso neste semestre e no próximo ano. O colegiado identificou também agora um recuo na probabilidade de ocorrência de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais.

Ao mesmo tempo ponderou que o ambiente externo permanece complexo, devido à ausência de solução definitiva para a crise financeira europeia e aos riscos associados ao processo de desalavancagem - de bancos, de famílias e de governos - que estão em curso nos principais blocos econômicos.

O Copom nota ainda que o cenário para importantes economias emergentes se apresenta "mais desafiador do que se antecipava". O cenário prospectivo para a inflação, segundo os diretores, embora tenha sido negativamente impactado por choques de oferta associados a eventos climáticos, domésticos e externos, para o curto prazo manteve sinais favoráveis em prazos mais longos. "Dessa forma, o Copom ressalta que, no cenário central com que trabalha, a inflação tende a se deslocar na direção da trajetória de metas."

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