Portugal deixa plano polêmico, mas pode elevar impostos
Passos Coelho recuou após a reação negativa da opinião pública e de polÃticos a um plano que elevaria a contribuição previdenciária de 11% para 18% dos salários, o que permitiria à s empresas cortar suas próprias contribuições de 23,75% para 18%. O governo foi acusado de querer transferir dinheiro dos trabalhadores para as companhias e dezenas de milhares de pessoas saÃram à s ruas para protestar contra a proposta, nas maiores manifestações registradas em Portugal desde que o paÃs recebeu seu programa de ajuda, em maio do ano passado.
O premiê português defendeu o plano dizendo que a redução dos custos da mão de obra abriria o caminho para as empresas aumentarem as contratações e para consertar os que os credores internacionais afirmam ser o principal problema de Portugal - sua fraca competitividade em relação ao resto do mundo.
"Nós ainda buscaremos medidas para lidar com o desemprego e aumentar a competitividade", disse Passos Coelho a repórteres, após reunir-se mais cedo com sindicatos e associações empresariais para discutir novas ações de austeridade.
Segundo Passos Coelho, ainda não há uma decisão final sobre as medidas de austeridade, que precisarão ser aprovadas pelos credores de Portugal.
Antes do anúncio, o porta-voz da Comissão Europeia (CE), Olivier Bailly, comentou que a busca por Portugal de reformas alternativas, que evitam o aumento da contribuição previdenciária, não muda "o acordo geral" entre Lisboa e seus credores, que incluem a própria CE, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Bailly também pediu que Lisboa apresente as novas medidas em breve. As informações são da Dow Jones.