Pesquisa aponta 35 milhões de novos tomadores de crédito
Essa inclusão ocorreu graças a um conjunto de fatores, como estabilidade monetária, queda no desemprego, aumento no rendimento real, baixa na taxa de juros e ampliação do prazo para os empréstimos.
Por outro lado, o endividamento das famílias com o sistema financeiro, apontado a partir de um levantamento junto ao Banco Central, atingiu 43,4% das famílias em 2012, ante 18% em 2005. O comprometimento da renda das famílias para o pagamento de juros e amortização avançou de 15,5% para 21,9% nos mesmos períodos.
Novos consumidores, maiores dificuldades
A pesquisa revelou ainda que os consumidores de classes mais baixas têm mais dificuldade de pagar suas contas no prazo. Do total entrevistado na classe C, 45% têm dificuldade de cumprir os compromissos no prazo, ante 48% das classes D/E, 38% da classe B e apenas 15% da classe A.
Os dados apontam ainda que 21% dos consumidores das classes D/E e 23% dos da classe C enfrentam restrições ao crédito, fatia que cai para 13% na classe B e apenas 5% na classe A. A parcela dos entrevistados que declarou ter dívida das classes C, D e E é de 40%, ante 51% da classe B e 61% da classe A.
A pesquisa confirmou que o consumidor brasileiro avaliou primeiro as parcelas e depois os juros ao tomar crédito. Segundo o levantamento, no momento do financiamento, 30% dos consumidores priorizam o valor as parcelas, 15% o número das parcelas e apenas 22% os juros.