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Inflação de serviços segue elevada, diz BC em ata

11:33 | 06/09/2012
Os diretores do Banco Central ressaltaram em ata do Copom divulgada nesta quinta-feira que a inflação de serviços ainda segue em níveis elevados e há pressões localizadas no segmento de alimentos e bebidas. Eles registraram que a inflação medida pela variação mensal do IPCA avançou para 0,43% em julho (de 0,08% em junho). Dessa forma, a inflação acumulada em doze meses alcançou 5,20%, ante 6,87% em julho de 2011.

Os preços livres variaram 5,77% em doze meses até julho (7,38% em julho de 2011), e os preços administrados, 3,67% (5,67% em julho de 2011). Entre os preços livres, os dos bens comercializáveis aumentaram 3,08% em doze meses até julho (6,44% em julho de 2011).

Já os preços dos bens não comercializáveis, inflação de serviços, registraram alta de 8,24% no período (8,18% em julho de 2011). "O grupo de alimentos e bebidas, sensibilizado por fatores climáticos, externos e domésticos, apresentou alta de 0,91% nos preços em julho (-0,34% em julho de 2011) e atingiu variação de 8,68% em doze meses." Os preços dos serviços aumentaram 0,79% em julho (0,52% em junho) e 7,90% em doze meses (8,82% em julho de 2011).

Estoques de empresas

Os diretores do Banco Central salientaram também que aumentou a proporção de empresas que reportaram estoques em níveis normais desde a reunião anterior do comitê, em julho. Citando dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o colegiado ressaltou que a utilização da capacidade se intensificou no setor de bens de consumo e também mostrou recuperação no setor de bens de capital.

"Ainda de acordo com a FGV, o Índice de Confiança da Indústria continuou em trajetória de recuperação gradual, atingindo o maior valor desde julho de 2011 na série dessazonalizada, em razão de melhoras nas percepções tanto da situação atual quanto das expectativas", pontuaram.

O BC também enfatizou que o volume de vendas do comércio cresceu 12,3% em junho, em relação a junho de 2011, amparado, em parte, por estímulos fiscais. "Desde outubro de 2011, a FGV, em parceria com o Banco Central, vem divulgando o Índice de Confiança do Comércio (Icom). Esse indicador fornece informação adicional importante, à medida que retrata o estado atual e sinaliza a evolução da atividade comercial de forma mais tempestiva." Em julho, o índice recuou, após ter permanecido estável em junho.

Pela avaliação do BC contida na ata do Copom de agosto, nos próximos meses, a trajetória do comércio continuará a ser influenciada pelas transferências governamentais, pelo ritmo de crescimento da massa salarial real, pela redução nos custos de empréstimos e pela expansão moderada do crédito. No documento de julho, o colegiado também havia citado quatro itens, mas um deles era o "elevado nível de confiança dos consumidores", que deu lugar agora à "redução nos custos de empréstimos".

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