Espanhóis pedem referendo para cortes
Espanha e Portugal vivem as piores crises de suas histórias democráticas, com desemprego, a maior dívida pública em 100 anos, estão em recessão e atravessam uma tensão política como poucas vezes viram nos últimos 30 anos.
Ontem, a meta dos organizadores da manifestação em Madri era a de alertar o governo que entidades, sindicatos e associações de profissionais não aceitarão as medidas de austeridade. Segundo os organizadores, mais de 100 mil pessoas estiveram nas ruas da capital. Para o governo, o auge da passeata contou com 65 mil pessoas.
Para atingir os objetivos fiscais da União Europeia (UE), o governo de Mariano Rajoy iniciou um projeto de austeridade que já cortou salários, demitiu milhares de funcionários, fechou escolas, passou a cobrar pelos tratamentos de saúde. Rajoy está sendo pressionado a pedir um resgate da UE. Mas sabe que isso será acompanhado por duras exigências e praticamente um controle de Bruxelas sobre suas contas.
Num documento assinado por mais de 900 entidades, os manifestantes pedem que os cidadãos sejam consultados sobre as políticas de austeridade. Apesar da manifestação, o governo da Espanha insistiu que não prevê nenhuma mudança em seus planos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.