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Dilma faz referência ao "apagão" do governo FHC

12:42 | 11/09/2012
Numa clara referência ao governo Fernando Henrique Cardoso por causa do "apagão" que afetou todo o País, a presidente Dilma Rousseff, lembrou que o início do seu trabalho no governo petista foi no setor de energia elétrica. "Quando me tornei ministra de Minas e Energia de Lula tínhamos um país com sério problema de energia, que amargou em racionamento e que afetou empresas e levou restrições à população", disse. "Amargamos oito meses de racionamento, que gerou prejuízo a todos." A presidente lembrou que, neste momento, a Índia passa por problemas similares aos daquela época.

A partir de 2003, segundo ela, um "grande trabalho" em energia foi realizado no País. "Por isso, a redução das tarifas é um importante momento da política energética que implantamos em 2003; é um ciclo virtuoso e que terá dinâmica própria", frisou.

A presidente salientou que o risco de racionamento foi eliminado ao mesmo tempo em que foram criadas condições para realizar investimentos. "Tivemos que construir esse setor, que é fundamental para qualquer empresa", pontuou.

Dilma relatou também que, quando foi convocada para fazer novo modelo de energia, foram adotadas três exigências passadas pelo presidente Lula: garantia de segurança de fornecimento (não poderia faltar luz nos 365 dias do ano e nas 24 horas do dia), adoção de tarifas módicas ao consumidor e acesso universal à energia. "Sem sombra de dúvida eliminamos risco de racionamento e criamos condições de energia alternativa", reforçou.

A presidente disse ainda que foi dada estabilidade e segurança ao mercado de energia elétrica, que até então não funcionava bem. "O modelo, sem dúvida, deu certo", concluiu. "Mesmo com a economia crescendo, não faltou energia ao País. Aumentamos a produção e asseguramos a transmissão, a distribuição, e a matriz elétrica continuou como uma das mais limpas do mundo", ressaltou.

Velhas senhoras

Dilma também destacou que as medidas anunciadas hoje só são possíveis porque o País tem energia hidrelétrica. "O peso dessa energia permite que tenhamos condições de reverter os benefícios para o consumidor. Esse é um ativo da sociedade brasileira. Isso ainda nos trará frutos muito bons", considerou.

Ela disse que o governo inicia agora uma nova etapa, pois há concessões vencendo. "Nessa nova etapa, os preços da energia vão contribuir para assegurar menor custo e maior competitividade às empresas. Isso decorre do fato de a matriz de energia ter como base a hidreletricidade. São velhas senhoras, algumas com mais de 70 anos, e precisamos transferir (os benefícios) para a população", disse, em referência à idade de usinas hidrelétricas.

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