Delfim questiona ritmo de crescimento da China
Segundo ele, o país asiático continuará sendo um grande comprador de alimentos do Brasil, essencialmente pela falta de água na China. "A preferência será por alimentos, com minério pode ser diferente".
Segundo ele, mesmo que haja uma mudança de preços de alimentos, dificilmente haverá alterações do volume de demanda, pois a China continua no processo de urbanização e sofre com escassez de água. "Não estamos exportando soja ou milho, na verdade estamos exportando água para a China", exemplifica.
O economista também disse que a velocidade do crescimento no Brasil dependerá essencialmente do volume de investimentos que o País fizer daqui para frente. Num cenário ideal, Delfim diz que a economia brasileira deveria se expandir a uma taxa de cerca de 5% ao ano, fazer investimentos da ordem de 25% do PIB e sustentar um déficit da ordem de 1,5% na balança de pagamentos, com uma taxa de poupança de 23,5%. "Hoje o setor privado poupa mais que isso se for desconsiderado a carga de tributos", diz.