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Banco Central não deve elevar juro

18:43 | 24/09/2012
O economista Luiz Fernando Figueiredo, sócio da Mauá Sekular Investimentos, acredita que o governo já pode reduzir o superávit primário das contas públicas, desde que faça isso para diminuir a carga tributária. Ele elogia a política de desonerações tributárias e não vê nenhum problema na redução do superávit primário dos atuais 3,1% para 2,4% do PIB.

"O efeito sobre produtividade é grande. O que não dá é reduzir o superávit primário para aumentar gasto corrente. Seria dar um tiro no pé", disse Figueiredo nesta entrevista ao Valor. "Fazer um superávit menor, reduzindo a carga tributária, é um avanço enorme."

Um dos interlocutores do Banco Central (BC) no mercado, Figueiredo acha que, se a inflação de 2013 não ultrapassar 5,5%, o BC não aumentará a taxa Selic no próximo ano. Por outro lado, o Comitê de Política Monetária, em sua opinião, já encerrou o ciclo de alívio monetário. Novos estímulos, acredita, virão por meio de liberação dos depósitos compulsórios.

Para Figueiredo, a economia brasileira já está em forte recuperação neste trimestre e crescerá acima de 4% no ano que vem. Ele defende a flexibilização do tripé de política econômica (câmbio flutuante, metas para inflação e disciplina fiscal) posto em prática pelo governo Dilma. "O que o BC está fazendo não é abandonar o modelo. Ele está operando o mesmo modelo de uma maneira mais flexível porque o mundo está absolutamente complicado." As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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