Ainda há espaço para redução dos juros, afirma Mantega
Mantega voltou a criticar a política monetária expansiva nos países ricos. "Não faz sentido (uma política monetária expansiva) em países com excesso de liquidez e baixas taxas de juros". Também avaliou como "realista" uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 4,2% em 2013. Avaliou que os países emergentes continuarão tendo taxas de crescimento maiores do que os países desenvolvidos, em meio ao atual cenário macroeconômico global. Afirmou ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve rebaixar as projeções para a economia mundial em outubro.
Para Mantega, a guerra cambial é uma "realidade", mas o governo não permitirá uma queda de competitividade da indústria. "Queremos uma indústria forte". Entre os segmentos industriais que devem ser fortalecidos, ele citou, sem mencionar um prazo, que a produção nacional de petróleo subirá de 2 milhões de barris por dia (bpd) para entre 5 milhões e 6 milhões de bpd. Disse ainda que o País deve encerrar este ano com uma dívida líquida em proporção do PIB abaixo de 35%. Segundo Mantega, a previsão do governo brasileiro para o crescimento do comércio varejista em 2012 é de 7,5%. "Isso é satisfatório", avaliou, completando que a capacidade do consumo interno seguirá aumentando.