41,87% das agências bancárias estão fechadas
Na segunda-feira (24), os bancários realizam assembleias em todo o País, no período da tarde, para intensificar o movimento grevista. Nesta sexta-feira, o comando da greve se reuniu em São Paulo e decidiu intensificar o movimento grevista a partir da semana que vem. Os sindicalistas esperavam que a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) aproveitasse o encontro, na capital paulista, para apresentar nova proposta de negociação. "Os bancos perderam mais uma grande oportunidade para retomar negociações e apresentar nova proposta aos bancários, ignorando a presença do Comando Nacional em São Paulo", disse o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
Em São Paulo, Osasco e Região, 35.770 bancários já tinham aderido à greve no final desta sexta-feira, aproximadamente 25% do total. A categoria tem cerca de 500 mil funcionários no País e 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Por meio de nota distribuída à imprensa, a Fenaban afirma que, no dia 28 de agosto, apresentou proposta de aumento e solicitou ao movimento sindical que "apontasse eventual necessidade de ajuste". De acordo com a Fenaban, "até agora nada foi apresentado". Os bancários argumentam que já tiveram nove rodadas de negociação com a Fenaban para discussão de todos os pontos da pauta de reivindicações, entregue aos banqueiros em 1º de agosto.
A Fenaban apresentou proposta de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5 pontos percentuais de aumento real. Antes de iniciar a greve, os bancários realizaram duas assembleias gerais, no dia 12 e no dia 17.