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Trabalhadores paralisam atividades no Porto do Pecém

Segundo o sindicato que representa a categoria, são cerca de dois mil trabalhadores a cada turno de 12 horas. CearaPortos não confirma o número

08:44 | 30/08/2012
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Atualizada às 10h55

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) está com as atividades portuárias paralisadas nesta quinta-feira, 30. Os trabalhadores estão fazendo manifestação para protestar contra os acidentes de trabalho. A atividade está acontecendo em frente ao Terminal do Porto.

São cerca de dois mil trabalhadores a cada turno de 12 horas, segundo o coordenador do Fórum unificado dos trabalhadores do complexo industrial e portuário do Pecém (FUPIPP), Hernesto Luz. Ele explicou que estão participando dos protestos os trabalhadores da área portuária.

Segundo informações da CearaPortos, empresa que administra o Porto, há 1.600 trabalhadores no Porto somando os da CearaPortos e os das operadoras. A empresa não confirmam se todos os trabalhadores estão parados.

Uma fonte ligada ao sindicato dos trabaladores explicou que a manifestação é composta de um fórum com oito sindicatos e duas centrais sindicais. No momento, há 50 caminhões parados e até o final de dia serão 100 caminhões. A fonte disse ainda que as cargas não estão podendo ser descarregadas.

HernestoLuz fez questão de destacar que não se trata nem de greve nem de estado de greve. “Não é uma greve. É uma paralisação por conta dos acidentes de trabalho. Só agora no mês de agosto foram cinco acidentes e um deles mutilou a mão de um trabalhador”, ressaltou.

Os serviços paralisados são: posto de fiscalização, funcionamentos internos, caminhões (que não vão levar a carga até determinados locais) e metalurgia. O prejuízo estimado é de R$ 500 mil.

Redução de carga horária

A principal reivindicação deles é que seja reduzida a carga horária dos trabalhadores. “É uma jornada muito penosa, desgastante e falta de qualificação. Algumas empresas colocam pessoas sem treinamento adequado”, explicou. Segundo ele, esses são os principais motivos para os acidentes.

A demanda é antiga, segundo Luz. Ele explicou que os trabalhadores já entregaram uma pauta de reivindicação ao Governo no ano passado. Entre os pontos, estava a redução de jornada de trabalho. “Eles conversam, mas não encaminham uma solução para os problemas. A gente não reclama de falta de conversa, é falta de solução”.

Outra reclamação é que, segundo o sindicato, as empresas não emitem o documento de acidente de trabalho. “As empresas tentam esconder esses acidentes até porque a carga tributária da empresa aumenta quando os acidentes aumentam”.

Negociação

O diretor da área de Infraestrutura e Desenvolvimento Operacional do Porto do Pecém, Waldir da Frota Sampaio, informou que representantes de vários sindicatos "fecharam" o acesso ao porto. No entanto, segundo ele, o setor operacional está operando normalmente com três navios. Também o setor administrativo está em pleno funcionamento, de acordo com ele.
Segundo informações da CearaPortos, o presidente Erasmo Pitombeira mandou um emissário para conversar com os líderes do movimento, convidando-os para uma reunião, na qual seria apresentada a pauta de reivindicações. Ele estaria aguardando a resposta dos líderes do movimento.
 

Redação O POVO Online

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