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Samek nega reajuste de energia comprada do Paraguai

12:20 | 31/08/2012
O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, afirmou nesta sexta-feira que a produção da usina hidrelétrica vem batendo recordes neste ano e descartou a possibilidade de um novo reajuste na energia comprada pelo País do Paraguai. "O ano de 2012 é o melhor da história de Itaipu, fechamos o primeiro semestre com mais de 50,1 milhões de megawatts-hora de produção. Isso é quase 10% superior ao que produzimos no ano passado", afirmou, após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Samek disse que não há negociação para elevar o valor da energia que o Brasil compra do Paraguai. "Esse ponto não está em pauta e não será colocado em pauta", afirmou. O diretor-geral lembrou que, em 2010, o valor de cessão de energia, espécie de imposto que o Brasil paga pela energia não utilizada pelo Paraguai, triplicou. "Isso está pacificado. Eles já estão recebendo o novo valor da cessão de energia e obviamente não há nem espaço para falar novamente em multiplicar qualquer coisa relacionada ao preço da nossa tarifa."

Pelo tratado, 50% da energia produzida pela usina é do Brasil e o restante fica com o Paraguai. Segundo Samek, atualmente, o Paraguai utiliza apenas 10% do que tem direito. O tratado obriga o Brasil a comprar o excedente e, sobre esse valor, incide o valor de cessão. O acordo somente poderá ser revisto em 2023, quando vence a última parcela da dívida contraída para a construção de Itaipu.

Samek disse ainda que o cronograma de construção da linha de transmissão que vai ligar Itaipu à região metropolitana de Assunção está sendo cumprido. "Isso vai suprir toda a necessidade atual e futura de energia do Paraguai e vai dar estabilidade e confiabilidade ao sistema", afirmou. A linha é financiada com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem).

"É bom que se frise, transmissão não tem nenhuma responsabilidade com Itaipu, não faz parte do tratado, que é de geração. Mas entenderam os governos do Mercosul que deveria estar sobre responsabilidade de Itaipu um recurso que veio do Forcem, do fundo de convergência do Mercosul, para executar essa obra", afirmou.

Samek disse ainda que os reservatórios das usinas hidrelétricas em todo o País estão em boa situação. "Os reservatórios da Região Sul, que há dois meses estavam baixíssimos, estão basicamente lotados. Estamos numa situação absolutamente tranquila do ponto de vista do suprimento", afirmou. "Os consumidores podem ficar tranquilos. Por falta de energia, o Brasil não vai parar. Estamos preparados para enfrentar um crescimento de 5% ao ano de seu PIB para os próximos seis anos. Já temos energia garantida para isso."

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