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Petrobras mantém meta de dobrar pordução até 2020

Novo diretor da estatal quer reduzir risco de atraso com fornecedor

15:36 | 16/08/2012
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli Filho, reforçou ontem o que a presidente da estatal, Graça Foster, tem dito desde que assumiu: o ritmo da produção passa a ser mais estável e controlado. Tudo na companhia hoje gira em torno do plano de chegar a 2020 produzindo 4,2 milhões de barris de petróleo e 1 milhão de barris de óleo equivalente em gás, o que significa mais que dobrar a atual produção. Em entrevista de uma hora e meia ontem, Formigli explicou que a Petrobras quer mapear e mitigar riscos de execução de projetos dos fornecedores para evitar atrasos e "estouros" de seu orçamento.

Isso passa pelo controle dos percentuais de conteúdo local de cada projeto, aquisição de equipamentos críticos, acompanhamento de subfornecedores dos estaleiros que vão construir as plataformas e sondas de perfuração. O cuidado inclui acompanhar a construção dos próprios estaleiros que ainda não estão operacionais, o desenrolar dos processos de licenciamento ambiental, questões jurídicas, contratuais e financeiras das empresas com as quais a Petrobras tem contrato. Não é pouca coisa.

E pode significar não assinar contrato com a Ocean Rig, que ofereceu melhores preços para construir cinco sondas de perfuração, em licitação em que a Sete Brasil ganhou 21 contratos. Segundo Formigli, a Ocean Rig ainda não informou onde vai construir essas unidades. "E não vamos assinar contrato com uma empresa que não tenha capacidade de nos provar que o local onde ela vai construir a sonda seja viável de acontecer", disse.

As sondas que vão permitir a perfuração de dezenas de poços para garantir a produção já chegaram. Serão 40 até o fim deste ano. Elas serão usadas para iniciar a produção de novos projetos no pré-sal e também para recuperar a produção de campos maduros na Bacia de Campos.

Apesar do sucesso que a companhia teve no pré-sal, que em 2020 será responsável por 28% da produção, Formigli disse que a Petrobras não será uma empresa especializada nessa geologia. "A Petrobras é muito mais do que isso."

As sondas que já estão disponíveis darão dinamismo ao cronograma de perfuração de poços necessário para cumprir tanto o programa exploratório como para garantir a rampa de produção. Quem espera aumento forte da produção em 2014 não vai se decepcionar e poderá com esse aumento já no início do ano. Segundo o executivo, parte da arrancada será garantida no ano que vem, com a entrada em operação da plataforma P-55 no campo de Roncador. Também entrarão em operação os pilotos de Lula Nordeste (com a plataforma Cidade de Paraty) e Sapinhoá (com a plataforma Cidade de São Paulo) e o início da produção da P-63 no campo de Papa Terra.

Como aluga oito sondas da Transocean, Formigli disse que a Petrobras vai ajudar a Transocean e a Chevron (que opera o campo de Frade) a mostrarem à Justiça que não há razão para o embargo das operações. Dia 1 de agosto o Ministério Público Federal ordenou que as duas empresas suspendam as atividades de extração e transporte de óleo no Brasil. As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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