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Oi busca solução contábil para efeitos de reestruturação societária

16:01 | 01/08/2012
O presidente da Oi, Francisco Valim, afirmou que vai solicitar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o direito da empresa deixar de colocar na conta de resultado financeiro o ágio de R$ 9 bilhões pago na aquisição da Brasil Telecom (BrT) em 2009. Com isso, a empresa passaria a colocar diretamente na conta do Patrimônio Líquido. Segundo ele, o resultado operacional, e, consequentemente, o lucro, deixaria de ser impactado pela amortização do ágio. Ou seja: isso, na prática, evitaria que o impacto contábil do ágio reduzisse o lucro da empresa.

Segundo o diretor de Finanças da empresa, Alex Zornig, o lucro do segundo trimestre deste ano seria elevado em cerca de R$ 300 milhões se a tese a ser apresentada à CVM pela Oi já tivesse sido aceita. Zornig disse que a operação de compra da “empresa-mãe pela filha” (no caso, a BrT pela Oi) é uma “jabuticaba”, ou seja, algo singular - e daí a dificuldade para definir como fazer o lançamento do ágio.

Caso a CVM não aceite a proposta, segundo Valim, a tendência da empresa é passar a divulgar, em separado, como o resultado da empresa seria, se não fosse obrigatório a divulgação da amortização do ágio dentro do resultado.

Valim, presente na coletiva de imprensa para comentar os resultados financeiros do segundo trimestre, afirmou que o caixa da companhia está confortável para enfrentar eventuais turbulências de mercado. Atualmente o caixa está em R$ 8,7 bilhões.

De acordo com o executivo, o caixa da companhia deve variar entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões. No entanto, Valim não informou o período específico para essa variação no caixa da companhia. “A Oi não terá problema de liquidez”, frisou o executivo, ainda durante a apresentação.

Segundo o presidente, a Oi fez “basicamente” todas as captações necessárias no primeiro semestre, quando o momento nos mercados era mais favorável. Valim destacou que a dívida da companhia é longa, de cerca de cinco anos. Em junho, a dívida líquida ficou por volta de R$ 16 bilhões.

Sem mencionar, números específicos de investimento, o executivo informou que, no primeiro semestre, a companhia investiu 40% do que está previsto para ser investido no ano. Segundo o presidente, a razão é que o atual plano estratégico da companhia foi estruturado apenas no fim do ano passado. Dessa forma, os planos demoram de seis a nove meses para ganharem velocidade, de acordo com o executivo. As informações são do Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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