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Energia precisa ficar 35% mais barata para deixar indústria brasileira competitiva, calcula Firjan

18:36 | 03/08/2012
O anúncio feito recentemente pelo ministro Edison Lobão de que a energia elétrica poderá ficar em torno de 10% mais barata com a diminuição de encargos e com o processo de renovação das concessões dos ativos de geração, transmissão e distribuição de energia do sistema elétrico brasileiro, não vai deixá-la mais competitiva para a indústria. De acordo com estudo apresentado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 2 de agosto, somente uma redução de pelo menos 35% no custo da energia deixará o setor industrial em pé de igualdade com outros países.

Os cenários montados pelo estudo mostraram panoramas em que haveria não apenas a redução no preço da energia causado pela renovação das concessões, mas também pela redução de encargos setoriais presentes na tarifa, como a Reserva Global de Reversão, a Conta de Consumo de Combustíveis, a Conta de Desenvolvimento Energético e o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia, além de tributos como o PIS/Cofins e ICMS. Segundo a Firjan, os custos de GTD são 50,3% da tarifa, os encargos setoriais representam 17,1% e os tributos 31,5%. No simulador, para cada 10% de redução obtida apenas pelo processo de renovação, a tarifa cairá apenas 2%.

A redução de 10% prevista por Lobão vai fazer com que o Brasil suba apenas uma posição nos ranking de países competitivos usado no estudo. O Brasil encontra-se na 24ª posição. Os estudos apontam que a tarifa é 131% mais cara que a dos principais parceiros comerciais do país e que apenas os custos de GTD deixam a tarifa brasileira mais cara que a dos Estados Unidos.

No cenário considerado ideal, com a extinção dos encargos setoriais que compõem a tarifa e da PIS/Cofins e com uma redução de 5 pontos percentuais no ICMS cobrado pelos estados mais uma redução de 40% obtida na renovação das concessões, a redução alcançada chegaria aos 35%, a média mundial de competitividade, cerca de R$ 215,5 MW/h.

Ressaltando a necessidade de redução no preço da energia para que a indústria local torne a ser competitiva, Vieira lista setores em que ela atinge os maiores percentuais. "Não existe setor que permeie tanto a indústria, quanto a energia e os juros. Nos juros já houve a redução, falta a energia. No setor de alumínio é cerca de 40%; Gases industriais, 70%; Ferro-liga, 30%; e no setor de cimento, 25%". O estudo da Firjan será apresentado na próxima semana em São Paulo, em um evento organizado pela Fiesp que contará com a presença do Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. As informações são do site Canal Energia.
Redação O POVO Online

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