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Bovespa e dólar se descolam de Wall Street e sobem

Enquanto as bolsas em Nova York não decidem tendência e ficam em cima do muro, a Bovespa finalmente tem uma recuperação, após três pregões de queda

15:21 | 28/08/2012
Por volta das 14h40, o Ibovespa subia 0,58%, para 58.450 pontos. Entre as ações mais negociadas, Vale PNA caía 0,20%, para R$ 33,32; Petrobras PN perdia 0,04%, para R$ 21,36; OGX ON subia 1,54, para R$ 6,57; Itaú PN tinha desvalorização de 0,17%, para R$ 33,44; e Bradesco PN operava com ganho de 0,79%, a R$ 34,08. Em Wall Street, o Dow Jones cai 0,04%, o S&P opera estável e o Nasdaq sobe 0,20%, enquanto as bolsas europeias fecharam no negativo.

O câmbio local também opera descolado do exterior e rompe o marasmo observado nos últimos dias. O dólar chegou a saltar mais de 1%, atingindo o maior patamar desde o início do mês. O dólar comercial sobe 0,73%, para R$ 2,045. Na BM&F, o contrato para setembro (que vence na próxima segunda-feira) avançava 0,49%, para R$ 2,047. O contrato para outubro, que passará a ser a referência, ganhava 0,61%, a R$ 2,0575.

Essa pressão é provocada, sobretudo, pela expectativa de que o Banco Central não faça a rolagem de US$ 4,1 bilhões em swaps cambiais tradicionais, o que leva investidores a correrem ao mercado em busca de moeda para devolver ao BC no vencimento dos contratos, na virada do mês. Também há sinais de saída de recursos pela conta financeira.

No exterior, o apetite por risco dos investidores segue limitado pelos sinais de fragilidade da economia mundial e incertezas sobre que tipo de ação os bancos centrais do mundo estão dispostos a adotar. Em Wall Street, as bolsas operam praticamente estáveis, enquanto os títulos públicos americanos (Treasuries) voltam a ser demandados, comportamento que denuncia a postura cautelosa dos investidores, que preferem não assumir posições mais firmes diante das inúmeras incertezas.

A lista de más notícias hoje começou no Japão, onde houve revisão do PIB pelo governo pela primeira vez em dez meses. Depois o índice de confiança do consumidor da Alemanha para setembro oscilou de 5,8 para 5,9.

Mas o indicador mais relevante veio dos Estados Unidos e consolidou o tom cauteloso nos negócios. A confiança do consumidor americano caiu em agosto, para 60,6 pontos, segundo o Conference Board. Foi a leitura mais baixa desde novembro de 2011.

A decisão do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, de não vai participar do seminário de Jackson Hole, nos EUA, foi interpretada como um indício de que novas medidas de estímulo monetário podem ser anunciadas já na próxima reunião do conselho do BCE, marcada para 6 de setembro. Mas nem essa especulação conseguiu entusiasmar os investidores.

No Brasil, os juros futuros são os únicos a refletir esse ambiente. As taxas acentuam a queda, com investidores resistindo a apostar firmemente no fim do ciclo alívio monetário agora em agosto, diante do quadro fraco de atividade global. As informações são do site Valor Econômico.
Redação O POVO Online

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