PUBLICIDADE
Notícias

Sindicato dos trabalhadores da construção civil vai investigar repasses de salários

09:50 | 03/07/2012

Atualizada às 13h45

Depois de paralisarem as obras em cerca de 20 construtoras na manhã de segunda-feira, 2, os trabalhadores da construção civil voltaram às atividades normalmente nesta terça-feira, 3. A denúncia de que as construtoras não estariam cumprindo o acordo firmado depois da última greve está sendo apurada caso a caso pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (Sticcrmf).

Em reunião na manhã desta terça-feira, o sindicato dos trabalhadores se reuniu com os representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon- CE). Segundo o coordenador geral do Sticcrmf, Nestor Bezerra, na reunião foi definido que serão realizadas investigações para detectar se há irregularidades.

“Conversamos para relatar os problemas e verificamos que houve alguns mal entendidos. Vamos ver as folhas de pagamento das empresas. Se detectarmos que algo está errado, aí sim vai ter paralisação”, destacou.

Bezerra destacou que são casos diferenciados e que pelo menos 10 construtoras serão investigadas. “Vamos verificar empresa por empresa”, completou.

Equívocos

Segundo o presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio Ferreira, "houve um problema de equívoco matemático". Segundo ele, na reunião foi detectado que não havia descumprimento do acordo. "Pararam 30 canteiros ontem (segunda-feira, 2) por conta disso, mas na reunião o que aconteceu é que eles concluíram que temos razão. Não estamos infringindo o acordo", destacou. 

Roberto Sérgio explicou que serão descontados os 32 dias parados em cinco parcelas. A primeira venceu no dia 30 de junho e as demais ficam para os meses seguintes.

Na segunda-feira,2, o Sinduscon-Ce enviou nota informando que não há descumprimento dos termos do acordo coletivo firmado, que estabelece o pagamento de adiantamento de parte do salário e desconto dos dias parados, a realizado em parcelas.

“Algumas empresas, por questões técnicas de elaboração da folha não descontaram os dias parados no inicio da do movimento e foi feito o adiantamento integral do período da paralisação, gerando uma duplicidade que está sendo normalizada agora”, segundo a nota.

TAGS