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Mantega diz que medidas de estímulo são de longo prazo

11:37 | 04/07/2012
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu nesta quarta-feira, durante o Seminário Econômico Fiesp-Lide em São Paulo, as críticas direcionadas à equipe econômica, dando conta de que o governo tem tomado medidas setoriais de estímulo ao crescimento e de curto prazo.

"Não é verdade que estamos fazendo medidas setoriais de curto prazo. Estamos tomando medidas de longo prazo", refutou o ministro, que afirmou que o governo pode estudar também medidas de desoneração da folha de pagamentos para outros setores, além dos que já foram beneficiados.

De acordo com ele, a política monetária passa por uma das suas maiores transformações. A taxa de juros está no nível mais baixo da história e a taxa de juros real, também, disse o ministro. Além disso, continuou Mantega, "estamos num processo de redução dos spreads bancários. A curva dos spreads estão atingido seu menor patamar".

Mesmo assim, essa queda não é suficiente, de acordo com o ministro Mantega, para quem o spread bancário tem de cair mais, tanto para a pessoa física quanto para a pessoa jurídica. "Aproveito que estou do lado do presidente do Banco Itaú (Roberto Setúbal) para dizer que temos de reduzir mais os spreads bancários", provocou o ministro.

Segundo Mantega, as reduções de juros e spreads bancários vão estimular os investimentos em papéis ligados ao setor produtivo, o que acabará alavancando investimentos de longo prazo na economia. "Se você quiser fazer uma aplicação em CDI, por exemplo, pode fazer, mas terá maior rendimento se fizer aplicação em debêntures de uma empresa produtiva", disse.

Petrobras - O ministro garantiu que a Petrobras irá investir R$ 83 bilhões este ano. Segundo ele, será o segundo maior investimento de uma petroleira no mundo, atrás apenas da chinesa Sinopec. "Eu posso dizer isso porque sou o presidente do Conselho da Petrobras", disse Mantega.

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