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Fortaleza tem maior recuo do País na inflação oficial

09:08 | 06/07/2012
Os fortalezenses experimentaram em junho a maior redução nos índices de inflação do País. O índice da capital cearense do IPCA apresentou um recuo de 0,26%, sob influência das contas de energia elétrica (-5,42%), que refletiram a queda do PIS/COFINS/PASEP. Em maio, a variação foi de 0,35%. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi o único resultado com recuo no índice de inflação oficial do País. Entre os índices regionais, os maiores foram os do Rio de Janeiro e Belém, ambos com 0,23%. No Rio de Janeiro, os alimentos (1,28%) apresentaram a maior taxa entre as regiões pesquisadas. O índice de Belém foi influenciado pelo resultado do táxi (8,23%), em decorrência do reajuste de 15,10% a partir de 16 de maio.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,08% em junho, apresentando uma forte desaceleração em relação à taxa de 0,36% registrada no mês de maio. Com o resultado de junho, o menor desde agosto de 2010 (0,04%), o primeiro semestre do ano fechou em 2,32%, bem abaixo dos 3,87% relativos ao primeiro semestre de 2011.

Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 4,92%, o mais baixo desde setembro de 2010 (4,70%) e inferior aos doze meses imediatamente anteriores (4,99%), dando continuidade à trajetória decrescente iniciada de setembro para outubro de 2011, quando passou de 7,31% para 6,97%. Em junho de 2011, a taxa havia ficado em 0,15%.

Produtos e serviços

O grupo transporte foi o principal responsável pelo resultado do IPCA de junho, com –1,18% de variação e impacto de –0,24 ponto percentual. O item automóveis novos exerceu a mais forte pressão para baixo. Isso ocorreu em razão do IPI reduzido desde 21 de maio, que levou a uma queda de 5,48% nos preços e impacto de -0,19 ponto.

Além dos automóveis, os preços dos combustíveis (de –0,64% em maio para –0,51% em junho) continuaram em queda, embora menos acentuada.

Em contrapartida, os transportes públicos tiveram alta. As tarifas dos ônibus urbanos aumentaram 0,87%, ante 0,07% do mês anterior.
No grupo habitação (de 0,80% em maio para 0,28% em junho), a energia elétrica, com -0,67% contra alta de 0,72% em maio, exerceu importante influência no índice do mês. Várias regiões diminuíram o valor das contas, especialmente a de Fortaleza, cuja queda chegou a 5,42% em razão da redução do PIS/COFINS/PASEP.

Também sofreram desaceleração os artigos de vestuário (de 0,89% em maio para 0,39% em junho), além de outros itens importantes que apresentaram menor ritmo de crescimento de maio para junho, como remédios (de 0,98% para 0,05%) e empregado doméstico (de 0,66% para 0,61%).

Quanto aos alimentos, houve desaceleração em relação a maio, passando de 0,73% para 0,68%.

INPC variou 0,26% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,26% em junho, bem abaixo do resultado de 0,55% de maio. O menor índice foi o de Fortaleza, que apresentou -0,13%, sob influência das contas de energia elétrica (-5,25%), que refletiram a queda do PIS/COFINS/PASEP.

Com o resultado nacional, o primeiro semestre do ano fechou em 2,56%, também abaixo da taxa de 3,70% relativa ao primeiro semestre de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 4,90%, próximo dos doze meses imediatamente anteriores (4,86%). Em junho de 2011, o INPC havia ficado em 0,22%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,67% em junho, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,11%. Em maio, os resultados ficaram em 0,89% e 0,42%, respectivamente.
Redação O POVO Online
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Salvador (0,82%) tendo em vista a taxa de água e esgoto (1,12%), que teve reajuste médio de 12,89% a partir de 1º de maio, do ônibus urbano (9,60%), que foi reajustado em 12,00% a partir de 4 de junho, e do ônibus intermunicipal (6,10%), com aumento de 8,00% a partir de 12 de junho.

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