Alimentos puxam queda na produção industrial
Queda na indústria aconteceu em 14 dos 27 ramos investigados
A queda de 0,9% da atividade industrial na passagem de abril para maio foi explicada pelo recuo na produção de 14 dos 27 ramos investigados. Os principais impactos negativos foram observados nos setores de veículos automotores (-4,5%) e de alimentos (-3,4%). O primeiro interrompeu três meses de taxas positivas consecutivas com crescimento de 22,7% nesse período, e o segundo acumulou perda de 7,1% em dois meses seguidos de recuo na produção.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-10,9%), metalurgia básica (-2,4%), celulose, papel e produtos de papel (-3,0%), outros produtos químicos (-1,0%) e calçados e artigos de couro (-5,3%).
Por outro lado, entre as atividades que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância para o resultado global foram registrados por produtos de metal (13,2%), que eliminou a perda de 6,1% acumulada em três meses de taxas negativas consecutivas, indústrias extrativas (1,5%), borracha e plástico (2,6%), máquinas e equipamentos (1,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (0,9%).
Indústria cai 4,3% na comparação com maio de 2011
Na comparação com maio de 2011, o setor industrial caiu 4,3%, com 17 das 27 atividades pesquisadas apontando taxas negativas. O ramo de veículos automotores, que recuou 16,8%, foi a maior influência negativa, pressionado pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor. Os destaques são para caminhão-trator para reboques e semi-reboques, caminhões, automóveis, chassis com motor para ônibus e caminhões, motores a diesel e autopeças.
Outras contribuições negativas relevantes vieram de alimentos (-6,1%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-24,3%), metalurgia básica (-5,8%), fumo (-23,3%), máquinas e equipamentos (-3,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,3%), farmacêutica (-5,0%) e vestuário e acessórios (-10,6%).
Entre os dez setores que registraram taxas positivas, os principais impactos foram em outros equipamentos de transportes (6,3%), edição, impressão e reprodução de gravações (4,0%), outros produtos químicos (2,1%) e indústrias extrativas (2,2%), impulsionados por aviões, no primeiro ramo, livros, no segundo, herbicidas para uso na agricultura e tintas e vernizes para construção, no terceiro, e minérios de ferro e óleos brutos de petróleo no último.
Redação O POVO Online