Saldo de vagas formais no ano é o mais baixo desde 2009
A comparação leva em conta os dados com ajuste do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Desde o início do governo petista, em 2002, o resultado dos primeiros cinco meses deste ano só é maior, além de 2009, do que em três anos. Em 2006, o saldo acumulado foi de 845.668. Em 2005, de 842.561. E, em 2003, de 488.928.
Os números mostraram também que a combinação de desaceleração da criação de postos de trabalho formal nos setores da Indústria e dos Serviços foi responsável pela diminuição da geração de vagas em maio. A Indústria registrou uma "modesta elevação" de 20.299 postos. Já os serviços criaram 44.587 vagas, muito abaixo do resultado visto em abril, de 82.875, sem ajuste.
As principais quedas da indústria foram nos ramos de material de transporte (-3.300 postos), calçados (-2.248) e metalúrgica (-999). Contribuíram para o resultado positivo os setores de alimentos (17.856), químico (6.781), borracha, fumo e couros (1.975), têxtil (840) e minerais não metálicos (669).
Já o setor de serviços foi influenciado positivamente pelos segmentos de alojamento e alimentação (10.212), médicos e odontológicos (9.024), comércio e administração de imóveis (8.968), transportes e comunicações (8.539) e ensino (7.107). Apesar do desempenho fraco no mês passado, em todos os ramos de atividade houve crescimento do volume de empregados com carteira assinada.
No caso da construção civil, houve geração de 14.886 postos formais de trabalho, enquanto o comércio foi responsável pela criação de 9.749 vagas. A administração pública contribuiu com um saldo líquido de 2.660 contratados.
Foi mais fácil encontrar um emprego com carteira assinada em maio no interior do que nos grandes centros urbanos. Enquanto as áreas metropolitanas foram responsáveis pela criação de 23.049 vagas formais líquidas em maio, o interior dessas regiões gerou 93.453 postos.