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Produção industrial cai em 12 de 14 regiões, mostra IBGE

09:33 | 06/06/2012
Na passagem de março para abril, a produção regional, com ajuste sazonal, mostrou taxas negativas em 12 dos 14 locais que compõem a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo instituto.

As maiores perdas foram registradas em Goiás (-7,6%) e no Paraná (-7,0%), que praticamente eliminaram os avanços registrados no mês anterior (de 7,7% e 7,3%, respectivamente). Amazonas (-5,8%), Ceará (-4,7%), Rio de Janeiro (-2,9%) e Rio Grande do Sul (-2,4%) também apresentaram recuos bem acima da média nacional (-0,2%). Os demais resultados negativos foram verificados na região Nordeste (-0,7%), em Pernambuco (-0,6%), em São Paulo (-0,4%), na Bahia (-0,3%), no Espírito Santo (-0,2%) e em Minas Gerais (-0,1%). Por outro lado, Pará (4,3%) e Santa Catarina (0,3%) assinalaram os dois resultados positivos em abril.

Na comparação com o mesmo mês de 2011, 10 dos 14 locais mostraram queda na produção em abril de 2012. As perdas mais intensas foram verificadas no Amazonas (-11,8%) e no Rio de Janeiro (-9,4%). Os resultados foram provocados, em grande parte, pelo comportamento negativo do segmento de bens de consumo duráveis, com destaque, no Amazonas, para a redução na produção de motos, aparelhos de ar condicionado, micro-ondas, celulares, televisores e relógios e, no Rio de Janeiro, de automóveis.

Espírito Santo (-4,4%), São Paulo (-3,8%) e Ceará (-3,2%) também apontaram recuo acima da média nacional (-2,9%) na comparação com abril de 2011. Os demais resultados negativos foram observados em Santa Catarina (-2,3%), no Rio Grande do Sul (-1,7%), na Bahia (-1,4%), na região Nordeste (-0,8%) e em Minas Gerais (-0,7%). A expansão mais acentuada foi vista em Goiás (15,1%), o que reflete não só a baixa base de comparação (em abril do ano passado, o recuo da produção industrial do Estado foi de 9,8%), mas também o incremento na produção de medicamentos em abril de 2012. Pernambuco (3,9%), Pará (3,0%) e Paraná (2,4%) também registraram aumentos no período.

Quadrimestre

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2012, a redução da atividade industrial atingiu oito dos 14 locais que compõem a pesquisa. Em seis estados houve recuo acima da média nacional, de -2,8%: Rio de Janeiro (-7,5%), São Paulo (-5,1%), Santa Catarina (-5,1%), Amazonas (-4,5%), Ceará (-3,7%) e Espírito Santo (-2,9%).

Minas Gerais (-1,4%) e Pará (-0,1%) também apresentaram taxas negativas no fechamento dos quatro primeiros meses do ano. Nesses locais, a queda na produção foi particularmente influenciada pela menor fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar-condicionado, televisores, celulares e relógios) e de bens de capital (especialmente caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e veículos para transporte de mercadorias), além da menor produção nos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário, farmacêutica e metalurgia básica.

Os avanços mais acentuados foram registrados em Goiás (17,9%), no Paraná (6,2%), na Bahia (5,6%) e em Pernambuco (5,2%), refletindo especialmente a maior produção de medicamentos no primeiro local, de livros e impressos didáticos no segundo, de resinas termoplásticas no terceiro, e de produtos da metalurgia básica e de minerais não metálicos no último. A Região Nordeste (3,2%) e o Rio Grande do Sul (1,1%) também apresentaram resultados positivos.

O IBGE registrou aumento no ritmo de queda do último quadrimestre de 2011 (-1,8%) para o primeiro de 2012 (-2,8%) em nível nacional, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Esse movimento foi observado em sete dos 14 locais pesquisados, com as maiores reduções de ritmo ficando com Amazonas (de 7,8% para -4,5%), Rio de Janeiro (de -1,8% para -7,5%), Paraná (de 11,6% para 6,2%), Espírito Santo (de 2,0% para -2,9%) e Pará (de 3,5% para -0,1%). Os maiores ganhos entre os dois períodos foram observados na Bahia (de -3,5% para 5,6%), Goiás (de 10,0% para 17,9%) e Região Nordeste (de -2,4% para 3,2%).

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