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Para Sobeet, corte do BNDES é positivo, mas não resolve

17:26 | 05/06/2012
O ambiente de negócios deverá registrar alguma melhora a partir da redução da taxa de juros na principal linha de crédito para financiar capital de giro das empresas, o Progen, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse à Agência Estado o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima.

O BNDES anunciou nesta terça-feira reduções nas taxas de juros nas operações de crédito para capital de giro de 9,5% para 6% para micro e pequenas empresas; de 9,5% para 6,5% para médias, e de 10% para 8% para as grandes e médias-grandes.

"É um fator positivo, porém não pode ser isolado. Consegue melhorar o ambiente de negócios e investimentos porque o custo do capital no Brasil, se comparado com outros países que pagam menos juros, é muito alto. Mas precisamos de outras medidas", ponderou o presidente da Sobeet. Ele bate na tecla de que o País precisa reduzir a carga tributária e simplificá-la. "Na gestão Lula, não avançamos nada. Não só no tamanho da carga tributária como na complexidade", disse Lima. Para ele, o empresário não olha só para juros ao fazer negócios.

A praticamente estabilidade do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria, com ligeira queda de 0,5 ponto porcentual em abril para 81% ante 81,5% em março, segundo anunciou nesta quarta-feira a Confederação Nacional da indústria (CNI), é, na avaliação do presidente da Sobeet, um indicativo de que as empresas não estão investindo. "O investimento também cai por causa disso. Se tem capacidade ociosa, não é preciso investir. Produz com o que tem", explicou o economista.

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