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Para Fiesp, 2º semestre vai preparar expansão de 2013

12:55 | 14/06/2012
O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, disse nesta quarta-feira que o crescimento de 2012 ficará aquém do verificado no ano passado, mas haverá uma retomada da atividade econômica no segundo semestre que pode dar condições para um crescimento mais robusto em 2013.

O diretor disse que 2013 pode começar com um carregamento estatístico de 2012 em torno de 2%. "O desempenho de 2012 já está perdido, ficará entre 2% e 2,5%. Não teremos um segundo semestre que salve o ano, mas ele pode prenunciar um bom desempenho em 2013", disse Francini, após divulgar os dados de maio do nível de emprego da indústria de transformação em São Paulo.

Francini afirmou, no entanto, que é cedo para cravar que a alta apresentada no emprego em maio, de 0,29% ante abril na série com ajuste sazonal e de 0,80% sem ajuste, represente o início da recuperação do emprego na indústria de transformação. "Mas sempre fica a esperança quando há uma inflexão na curva", disse, referindo-se a uma alta após a queda de abril.

O diretor disse acreditar em crescimento no segundo semestre com base nas mudanças macroeconômicas que vêm sendo implementadas desde o ano passado - redução da taxa Selic e dos spreads bancários, facilitação de crédito para investimentos e câmbio mais favorável.

"O mundo continua sendo inóspito", disse, em referência à crise europeia, ao baixo crescimento dos Estados Unidos e ao "pouso suave" da economia chinesa. "Mas essas medidas do governo, que a Fiesp sempre defendeu, tentam buscar uma resposta da economia brasileira. Por isso temos de acreditar numa retomada do crescimento no segundo semestre", afirmou.

Apesar do otimismo, Francini prevê um saldo negativo no número de empregos da indústria de transformação paulista, que responde por cerca de um quarto dos empregos da indústria de transformação do País. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano também está sendo revista para baixo pela Fiesp, para algo entre 2% e 2,5%, ante 2,6% anunciados no início deste ano.

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