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Juros na China fazem bolsas europeias fechar em alta

14:32 | 07/06/2012
As principais bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, impulsionadas pelo inesperado corte de juros na China. Entretanto, o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Congresso dos EUA, limitou os ganhos. Ao contrário do que alguns analistas esperavam, ele não deu nenhum indício claro de que o banco central deve adotar novas medidas de estímulo em breve. O índice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 1,12%, encerrando a sessão a 242,64 pontos.

Nesta quinta-feira, o Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês) cortou as taxas básicas de juros sobre empréstimos e depósitos e agiu para permitir que as taxas oscilem mais livremente, em uma tentativa de dar suporte para o crescimento da economia e de avançar na reforma do sistema financeiro local. Em um comunicado publicado em seu site, o PBOC informou que reduziu a taxa de empréstimos de um ano e a taxa de depósitos de um ano em 0,25 ponto porcentual, com efeito a partir desta sexta-feira.

Outro fator positivo foi a queda de 12 mil solicitações nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, um resultado melhor do que o previsto pelos analistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam redução de 3 mil. Já no Reino Unido, o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços permaneceu em 53,3 em maio, marcando o 17º mês seguido de leitura acima de 50, o que indica expansão da atividade. Também colaborou para o ânimo dos investidores um leilão de bônus bem-sucedido da Espanha.

O que limitou os ganhos das bolsas europeias foi o aguardado discurso de Bernanke. Ele disse que o crescimento econômico dos EUA deve continuar em um ritmo "moderado" este ano, mas se mostrou preocupado com diversos fatores que prejudicam a recuperação norte-americana, principalmente a crise da dívida na Europa. O presidente do Fed afirmou que a instituição está pronta para agir "no caso de uma escalada do estresse financeiro", mas não deixou claro no depoimento no Congresso se novas medidas de estímulo serão adotadas.

Nesse contexto, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt fechou em alta de 50,23 pontos (0,82%), a 6.144,22 pontos. As ações da BWM subiram 1,8% e os papéis da MAN ganharam 2,1%. Já a ThyssenKrupp recuou 3,7%, após ter seu rating rebaixado pela Standard & Poor's.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 ganhou 12,72 pontos (0,42%), fechando a 3.071,16 pontos. As ações da Vivendi subiram 3,7%, após relatos de que a empresa pode vender parte ou toda a sua fatia na Activision Blizzard.

O índice FTSE da Bolsa de Londres avançou 63,68 pontos (1,18%), fechando a 5.447,79 pontos. As mineradoras tiveram um bom desempenho, com a Xstrata subindo 3% e a Antofagasta com valorização de 2,9%. Os ganhos foram registrados mesmo com o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) mantendo sua taxa básica de juros e seu programa de compras de ativos inalterados.

Em Milão, o índice FTSE-MIB ganhou 118,17 pontos (0,88%), fechando a 13.545,32 pontos. O índice IBEX 35 da Bolsa de Madri registrou alta de 19,20 pontos (0,30%), fechando a 6.438,10 pontos. E na Bolsa de Lisboa o PSI 20 recuou 25,32 pontos (0,56%), encerrando o pregão em 4.512,27 pontos. As informações são da Dow Jones.

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