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Indústria diz que reajuste de bebida pode ser de até 10%

17:40 | 01/06/2012
Depois de avisar que revisará os investimentos previstos para o ano após o aumento da carga tributária da ordem de 27% para cervejas e de 10% para refrigerantes, anunciado na quinta-feira pelo governo federal e publicado no Diário Oficial da União, a indústria de bebidas agora informa que o reajuste dos preços dos produtos ao consumidor final pode ser de até 10%.

O novo valor é uma contestação ao porcentual de aumento de 2,85% estimado na quinta-feira pelo subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, Sandro Serpa, para explicar as mudanças na tributação do setor.

"A estimativa de elevação de preços em 2,85% mencionada por vários veículos de comunicação hoje (sexta-feira) não leva em conta o impacto da medida sobre o cálculo do ICMS, da margem dos varejistas e outras variáveis que compõem o preço dos produtos. Levando em contato todas estas variáveis, o aumento poderá chegar a 10% para o consumidor final", explicaram a Associação Nacional da Indústria da Cerveja (CervBrasil), a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) e o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), em comunicado conjunto divulgado nesta sexta-feira.

Segundo as associações, o reajuste para as cerveja será de 5,24%, já para os refrigerantes, de 9,77%. "Para o setor de refrigerantes, além da elevação da carga tributária federal incidem mais dois efeitos: a redução de 40% dos benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus e o aumento de 100% do IPI de produtos que levam em sua composição sucos naturais", declaram as entidades.

A CervBrasil, Abrabe e Sindicerv reiteraram a revisão dos investimentos para o ano e que estão "abertas ao diálogo com o governo para que seja possível chegar a um modelo que traga melhores resultados para a economia do País."

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