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IDV realça sinal de Mantega para medidas mais amplas

20:31 | 29/06/2012
Tão importante quanto a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os setores de móveis e linha branca, segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento para o Varejo (IDV), Fernando Castro, foi o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter admitido que será preciso a adoção de medidas que contemplem as cadeias produtivas e de varejo como um todo.

Até agora, disse Castro à Agência Estado, as medidas beneficiaram setores específicos, sendo que muitas vezes os benefícios não chegaram na ponta ao consumidor. Neste sentido, de acordo com o presidente do IDV, o deixou muito satisfeito o reconhecimento do ministro Mantega do setor de varejo como um dos maiores contribuintes para o crescimento da economia, tanto pela introdução de novos consumidores no mercado como pela geração de empregos. No ano passado, conforme Castro, o varejo foi responsável por criar 500 mil empregos, ou 25% do total de 2 milhões gerados em 2011.

"Por isso, eu achei as medidas boas e importantes, mas me deixou mais satisfeito a percepção do ministro de que serão necessárias medidas mais amplas", disse Castro. Ele adiantou ainda que, no prazo de 60 ou 90 dias, os setores industriais e de varejo deverão se reunir com Mantega para discutir as tais medidas que contemplem cadeias produtivas inteiras.

O IDV é favorável à prorrogação das medidas de incentivo à atividade dos setores de linha branca e móveis até o final do ano. "Mas eu entendo as razões do ministro", disse o presidente da instituição, acrescentando que Mantega tem dado preferência a medidas de prazos mais curtos por causa da volatilidade da economia internacional.

Mesmo porque, de acordo com Castro, não estão descartadas novas prorrogações nos próximos meses até o fim do ano. "Vamos continuar com o processo no sentido de podermos crescer acima da expansão do PIB, como no ano passado, quando o PIB cresceu 2,7% e o varejo, 6,5%", afirmou Castro, reiterando que o varejo responde por 14% do PIB nacional.

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