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Fortaleza tem baixo risco de reduzir ocupação hoteleira depois da Copa do Mundo

Na categoria de hoteis de médio porte, a procura deve chegar a 77% em 2015 em Fortaleza. Em cinco cidades-sedes do mundial (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Manaus e Salvador) o risco de não ter turistas suficientes depois do evento é alto

07:48 | 19/06/2012
Mesmo depois da Copa do Mundo, a ocupação hoteleira de Fortaleza deve continuar alta. Na categoria de hoteis midscale (de médio porte), a procura deve chegar a 77% em 2015, o que afasta o risco de superoferta de leitos. Em cinco das outras cidades-sedes do mundial (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Manaus e Salvador) o risco de não ter turistas suficientes depois do evento é alto. Os números são do levantamento do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) elaborado pela empresa de consultoria Hotel Invest.

O estudo detalha que, em 2011, havia 1.903 hoteis midscale e uma ocupação de 67% na capital cearense. Com um crescimento médio anual de 3,6% e nenhuma nova oferta prevista, a demanda adicional seria de 192 leitos. A procura pelos leitos chegaria a 77% em 2015. Em oferta haveria também 3.974 leitos na categoria econômico e 732 na upscale (de luxo). Não há dados sobre ocupação.

No total, o levantamento mostra um crescimento de 5,4% da oferta de leitos, em comparação com o levantamento anterior, de outubro de 2011. Até 2015, estão previstos 21.143 novos apartamentos na rede de hotelaria.

“A maior parte dos mercados estudados tem risco baixo de crescimento excessivo da oferta hoteleira e deve manter boas taxas de ocupação após a Copa do Mundo. Isso se deve principalmente à expansão reduzida da oferta, decorrente de altos preços de terreno, competição com empreendimentos imobiliários residenciais e comerciais, e diárias médias ainda em processo de recuperação”, de acordo com o documento.

Vagas já reservadas

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) já bloqueou 70% dos leitos de 55 dos 63 hotéis filiados à Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), durante o período da Copa do Mundo de 2014.

A Fifa está pagando aos hotéis, em média, US$ 250 a diária por apartamento. Fortaleza possui 26,3 mil leitos, sendo 16,5 mil leitos somente nos 63 hotéis filiados à ABIH-CE, número que a Fifa considera satisfatório para uma subsede de Copa do Mundo.

Risco de superoferta

De acordo com o estudo, Belo Horizonte é uma das cidades com maior risco de superoferta, tendo em vista que a quantidade de quartos em 2015 quase dobrará em relação ao número atual, passando de 6,2 mil para 12 mil. Com isso, a taxa de ocupação que, no ano passado, estava em 70% nos hotéis econômicos, poderá cair para 49%. Nos quartos de padrão médio também pode haver redução, de 67% para 43%.

Outra situação apontada como crítica pelo documento é a de Cuiabá, que teria a taxa de ocupação reduzida de 65% para 49% em 2015. Segundo estimativa do FOHB, o número de quartos disponíveis na capital matogrossense aumentará de 1,7 mil para 2,7 mil.

Em Manaus, a taxa de ocupação pode cair de 68% para 59% nos hotéis econômicos e de 63% para 56% nos de nível padrão (médio). O estudo prevê, ainda, que Brasília terá 2,2 mil novos apartamentos até 2015, fazendo com a taxa de ocupação caia de 64% para 57%. Em Salvador, a redução será menor nos hotéis econômicos, de 66% para 64%. Nos hotéis de nível padrão, no entanto, a taxa de ocupação deve cair de 66% para 59%.

Rio de Janeiro e São Paulo, que já apresentam elevadas taxas de ocupação, permanecem como boas opções de investimento para a indústria hoteleira, aponta o estudo. Nos hotéis econômicos da capital fluminense, por exemplo, que atualmente têm taxa de ocupação de 84%, a expectativa é de elevação para 88%. Também é esperado crescimento nas taxas dos hotéis de luxo (alto padrão), de 70% para 75%. Nas acomodações de padrão médio, por outro lado, a previsão é queda de 77% para 68%.

Redação O POVO Online

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