CVM defende maior cooperação entre órgãos reguladores
"Os reguladores do mercado precisam se coordenar. É possível surgirem riscos nas fendas onde ninguém está olhando ou ter sobreposição de atuação com um regulador batendo cabeça com o outro", observou ela.
De acordo com Maria Helena, a crise trouxe um grau de consciência que os órgãos brasileiros não tinham em relação à importância da cooperação entre os mesmos, especialmente em um mercado como o brasileiro, que tem mais de um regulador. Além da CVM, há o Banco Central (BC), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), entre outros.
"Ficou mais claro algo que já se sabia, mas que ainda não era parte do nosso dia a dia. Não só as instituições têm um papel em relação à estabilidade financeira, mas também o regulador, os produtos, mercados, condutas e também o mau funcionamento de uma bolsa", analisou Maria Helena.
Diante disso, ela acredita que as informações sobre esses mercados precisam ser compartilhadas com os órgãos reguladores.