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Coutinho espera que agentes também reduzam spread

13:25 | 05/06/2012
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que as novas taxas para capital de giro anunciadas nesta terça-feira pelo banco devem gerar forte concorrência no setor e atrair novos agentes financeiros que repassam os recursos do banco. Coutinho disse esperar que os agentes repassem integralmente as reduções de juros e ainda diminuam seus spreads bancários.

O presidente do BNDES disse esperar que o esforço do banco se traduza em juros menores para as empresas e cobrou dos agentes "uma política de spreads mais condizente" com o atual cenário econômico do Brasil.

As taxas foram reduzidas de 9,5% a 10% para entre 6% e 8%, dependendo do tamanho da empresa. Os agentes financeiros definirão seus próprios spreads. Coutinho afirmou esperar que a taxa final, hoje variando aproximadamente entre 11% e 12,5%, caia para entre 9% e 9,5%. "Aliás, quanto mais próximo de 9%, melhor." O programa passa a valer para toda a indústria de transformação.

O Progeren terá R$ 14,207 bilhões até dezembro de 2013, sendo 79% voltados para médias, pequenas e microempresas. Em 2011, o programa desembolsou R$ 4 bilhões. Neste ano, foram R$ 1,2 bilhão até o mês passado.

A piora do cenário na economia internacional, com a possibilidade de ruptura na Europa, sobretudo na Espanha, gerou uma retração "muito forte" nos fluxos de crédito, segundo Coutinho. Além disso, o cenário inclui desaceleração da economia na China e queda nas cotações de commodities.

Essa é a terceira rodada de redução em taxas de juros do BNDES. No lançamento da segunda fase do programa Brasil Maior, no início de abril, houve redução nas linhas para máquinas e equipamentos, para aquisição de caminhões e ônibus, e para exportação. Na ocasião, o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI) - no qual o Tesouro faz aportes ao BNDES - foi estendido até dezembro de 2013.

Em 21 de maio, o BNDES anunciou novas reduções. As linhas para máquinas e equipamentos, que já haviam sido reduzidas de 8,7% para 7,3% ao ano (grandes empresas) e de 6,5% para 5,5% ao ano (médias, pequenas e microempresas), ficaram todas com taxas de 5,5% anuais, até 31 de agosto.

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