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Confiança menor em serviços sugere moderação no 2º tri

13:30 | 29/06/2012
A queda na confiança do setor de serviços em junho sugere uma moderação na atividade do setor no segundo trimestre do ano, afirmou o economista Silvio Salles, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

A intenção de novas contratações no setor de serviços diminuiu mais uma vez neste mês, para 117,6 pontos, segundo dados da Sondagem de Serviços, divulgada nesta sexta-feira pela FGV. O movimento foi seguido pelas três principais atividades empregadoras no setor: Transportes (111,3 pontos), serviços prestados a empresas (126,9 pontos) e serviços prestados às famílias (110,6 pontos).

"A intenção de contratação hoje é menor do que era em 2011 e 2010", apontou o economista do Ibre/FGV. "Ao longo do tempo, a previsão do empresário de serviços sobre a elevação do nível de emprego continua a ter saldo positivo, mas cada vez menor, o que é consistente com a desaceleração do ritmo do mercado de trabalho."

A confiança do setor de serviços recuou 1,8% em junho ante maio, a terceira queda consecutiva. Os empresários estão menos satisfeitos com a situação de seus negócios e menos otimistas em relação à demanda futura.

"Os preços relativos do setor de serviços subiram tanto porque não tem competição com importados e houve aumento da renda. Mas os custos do setor também aumentaram, e a capacidade de repassar preço é limitada porque o consumidor está cauteloso. A inadimplência também pode estar limitando o caixa do empresário", explicou Salles.

Entre os setores, ficaram menos otimistas em junho ante maio os serviços prestados às empresas (-3,0%), serviços de transportes (-3,3%), serviços de informação (-2,5%) e atividades imobiliárias (-3,1%). Na direção oposta, houve aumento na confiança nos serviços prestados às famílias (0,7%), manutenção e reparação (5,2%) e outras atividades de serviços (2,0%).

"A pesquisa sugere um segundo trimestre num ritmo muito mais moderado, em um setor que é o mais importante do PIB, o de serviços. E é um setor muito empregador também", alertou Salles.

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