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Poupança continua sendo melhor aplicação para pequeno poupador, segundo economistas

12:46 | 31/05/2012

Os depósitos em poupança feitos a partir desta quinta-feira, 31 passam a ter uma nova fórmula de remuneração. Com o corte na taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano, os poupadores vão passar a receber 5,95% ao ano de remuneração. Apesar da redução, a aplicação continua a ser vantajosa para os pequenos investidores, segundo economistas.

“A poupança para o pequeno investidor ainda continua sendo um bom investimento financeiro”, explicou o economista Adriano Sarquis. Ele detalhou que a caderneta não tem taxa de administração nem incide imposto de renda. “É seguro e oferece rentabilidade razoável para o pequeno”, completou.

Pela regra antiga, a remuneração anual é 6,17% . Ou seja, os depósitos feitos até a quarta-feira, 30, vão ter rendimento maior que o das novas aplicações. Sarquis recomendou que o poupador que tiver outros recursos para investir deve abrir uma nova poupança e deve evitar movimentar a aplicação com o rendimento anterior.

Para o diretor da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, apesar da redução dos ganhos com a poupança, a alteração na regra de remuneração era necessária e traz benefícios. “A mudança beneficia todos, que poderão fazer operações de crédito com taxas mais baixas e, agora, é possível que os juros continuem caindo”, disse.

Sarquis detalhou que a mudança foi necessária para que os grandes investidores não retirassem os recursos das aplicações para a poupança. Ele destacou que as aplicações de renda fixa são títulos públicos para financiar a dívida pública e, por isso, o governo utiliza os investimentos para financiar sua dívida.

Para os grandes aplicadores, o economista sugere uma pesquisa maior levando em consideração o prazo em que necessitará retirar o dinheiro e o valor que tem para aplicar. Entre as opções estão os fundos de renda fixa, o CDB, títulos do governo, além de ações.

Taxa de referência

A Selic serve de referência para outras taxas de juros. Quando a taxa básica cai, a tendência é a de redução dos juros cobrados nos empréstimos feitos pelas instituições financeiras.

A nova regra de remuneração da poupança foi anunciada no início do mês pelo governo. O objetivo é evitar a migração de investidores dos fundos de renda fixa para a poupança, com uma Selic menor. Esses fundos são formados por títulos públicos utilizados pelo governo na rolagem da dívida.

Com a queda da Selic, um fundo de investimento, a depender da taxa de administração cobrada pela instituição financeira, podia pagar menos do que a caderneta. Com isso, para que o BC tivesse mais espaço para cortar a Selic, sem reduzir a demanda por títulos públicos, foi necessário fazer mudanças na remuneração da poupança.

A alteração no cálculo do rendimento foi instituída pela Medida Provisória 567, válida desde o dia 4, e estabeleceu que, sempre que a Selic estiver menor ou igual a 8,5% ao ano, a forma de remuneração muda. Nesse caso, os depósitos serão corrigidos por um percentual correspondente a 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR), calculada todos os dias pelo BC. Atualmente, a regra é a TR mais 0,5% ao mês.

 

Tema do Dia no O POVO

Ênio Leão, diretor do Instituto Brasileiro de Executivo de Finanças do Ceará, falou sobre o assunto na rádio O POVO/CBN. Confira no link abaixo.

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Com Agência Brasil

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