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Mantega vê alta de crédito sem endividar famílias

20:41 | 21/05/2012
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que uma das virtudes da sociedade brasileira é o mercado de trabalho aquecido, quase que em "pleno emprego". Segundo ele, isso aumenta a capacidade de consumo das famílias.

"Nós queremos aumentar o investimento, mas também o consumo. Não se trata de aumentar o consumo como em 2010, quando o mercado de veículos cresceu 12%, compensando 2009", afirmou na segunda-feira, durante anúncio de medidas de incentivo ao setor automotivo e de bens de capital, no auditório do Ministério da Fazenda, em Brasília.

"Porém, numa velocidade mais modesta, é possível que haja aumento do crédito sem que haja necessariamente aumento do endividamento das famílias, pois os juros serão menores, as parcelas, mais longas, e o trabalhador está ganhando mais", afirmou.

De acordo com Mantega, o governo fará uma "graduação", de modo que não haja excesso de endividamento. "O conjunto de medidas vai gerar aumento da atividade econômica, o que fará com que a inadimplência se reduza."

O ministro reiterou que o crescimento de 4,5% do PIB no ano será "mais difícil", mas a aceleração da economia deve ocorrer no segundo semestre. "A Selic demora alguns meses para fazer efeito, e outras medidas que tomamos, com a desoneração da folha, só terão efeitos a partir de julho."

Mantega negou que as medidas adotadas pelo governo possam gerar mais inflação. "Nós combinamos as medidas com redução tributária, que vai gerar redução de preço. Redução tributária é redução de preço, é deflação, não inflação", afirmou. "A economia pode se aquecer sem nenhum perigo de inflação."

De acordo com o ministro, as commodities, que já foram o principal motor da inflação, não oferecem riscos neste momento. "Não vejo no horizonte nenhum risco de aquecimento excessivo, nem de inflação."

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