Atualizada às 13h45

A série de mobilizações da construção civil prossegue em mais uma semana. Nesta segunda-feira, 23, os trabalhadores paralisaram as obras do Centro de Eventos e seguiram em passeata pela Washington Soares. Os trabalhadores paralisaram as atividades por cerca de duas horas. A passeata foi acompanhada de perto pelos policiais do Choque.

Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (Sticcrmf), participaram do evento entre 2,5 mil e 3 mil operários de oito canteiros de obras. 

Para a próxima quarta-feira, 25, está marcada uma assembleia para discutir a possibilidade de uma greve.

Campanha Salarial

A assembleia depois da passeata desta segunda-feira, 23, voltou a discutir a campanha salarial da categoria. Os trabalhadores querem que o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) volte a negociar o reajuste salarial deste ano. O Sindicato, que representa as construtoras, deixou a reunião na última sexta-feira, 13, porque as negociações não avançaram.

Os operários querem um reajuste de 17%, além de cesta básica de R$ 80 e plano de saúde. As construtoras oferecem reajuste de 6,5% e cesta básica de R$ 40.

Segundo o presidente do Sinduscon, Roberto Sérgio, as negociações só poderão ser retomadas se os trabalhadores começarem a ceder em suas exigências e pararem com as ações contra os canteiros de obra.

"A forma é sinalizar que estão interessados em negociar. É mandar uma proposta concreta", disse. "Se é quebrando nossos canteiros que eles acham que nós vamos voltar a negociar, nós não vamos voltar", completou.