Consumidor deve fiscalizar juros de bancos, diz Miriam
Segundo Miriam, o País já conseguiu mudar uma série de "jabuticabas" que existem apenas no Brasil. "Este (o spread elevado) ainda era um resquício do período inflacionário, que começa a mudar também. É visto pelo governo e pela sociedade como muito positivo", comentou. Perguntada sobre se o governo irá acompanhar se as reduções efetivamente estão ocorrendo, a ministra disse que "os consumidores vão fiscalizar isso".
No início do mês, Banco do Brasil e Caixa anunciaram novas taxas de juros para o crédito. Na esteira, bancos privados como HSBC, Santander, Bradesco e Itaú também se comprometeram a diminuir os spreads e a ampliar a oferta de crédito no mercado. A estratégia firme do governo acabou causando um imbróglio com a Federação Brasileira de Bancos (Frabraban). Após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da entidade, Murilo Portugal, disse que a "bola estava com o governo". O ministro não gostou da postura da Febraban e acusou a Federação de apresentar ao governo apenas cobranças, e não propostas efetivas para reduzir os spreads.