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Homem com síndrome intestinal produz álcool no corpo

"Era como se eu tivesse saído na noite anterior e bebido o bar inteiro, mas eu não tinha consumido nada de álcool", conta o inglês

10:18 | 04/12/2015
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O que você faria que seu corpo produzisse álcool? Para Matthew Hoggi, isso não é nada legal. O inglês, nascido na cidade de Middlesbrough, sofre de uma doença rara chamada de síndrome de fermentação intestinal, na qual o excesso de levedura preso ao intestino delgado se transforme em álcool, que é absorvido diretamente pela corrente sanguínea.

Na prática, alimentos com carboidratos ou açúcar são convertidos em etanol, fazendo com que Matthew fique tonto e de ressaca.

Em entrevista ao jornalista Nick Chester, do site Vice Brasil, o inglês de 36 anos relatou que sofreu com várias ressacas no final da adolescência. "Experimentei ressacas alcoólicas severas, geralmente nas manhãs depois de comer refeições ricas em carboidratos".

Ele disse que sempre sofreu com problemas estomacais na infância, porém foi na adolescência que os sintomas pioraram e as consequências se agravaram. "A doença teve um impacto devastador em minha vida", afirma. Até os 16 anos, Matthew conta que era um aluno nota A e achava o trabalho acadêmico divertido e recompensador. Era ainda um bom atleta e tinha uma boa vida social. "Conforme a síndrome de fermentação intestinal começou a se estabelecer, tudo mudou. Eu me vi sofrendo na escola quando, na minha cabeça, eu sabia que não devia estar tendo problemas. Também tive que abandonar os esportes, porque me sentia exausto. Fiquei apavorado, eu não sabia o que estava acontecendo, eu ficava frustrado e nervoso por não ser mais capaz de funcionar no mesmo nível de antes. Minha vida social degringolou, eu me sentia sozinho e deslocado, e não tinha energia e motivação para fazer parte das coisas", relata.

 

O diagnóstico 

Hoje, a dieta de Matthew é regrada e a base de carnes, vegetais, nozes e sementes. Apesar do tratamento e da alimentação correta, ele ainda sofre com os sintomas crônicos como fadiga, dores, intolerância a exercícios e stress e disfunção cognitiva, mas tem o efeito atenuado.

 

Redação O POVO online

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