Tartaruga marinha é resgatada após encalhar duas vezes em Amontada

O animal recebeu atendimento veterinário e foi acolhido por uma pousada local. Em seguida, foi conduzido a projeto de tratamento e reabilitação em Rio Grande do Norte

12:33 | Jun. 23, 2021

Atualmente, o Ceará não possui um local para atendimento e reabilitação de tartarugas marinhas (foto: Reprodução/Instagram)

Após encalhar duas vezes, uma tartaruga verde, da espécie Chelonia mydas, foi resgatada no último sábado, 20, na Praia do Icaraizinho, no município de Amontada, a 208 quilômetros da Capital cearense. Ela foi avistada encalhando viva e então devolvida à água, mas voltou a encalhar, sendo então recolhida por representantes da organização Eco Icaraizinho. O animal recebeu atendimento veterinário e foi acolhido por uma pousada local, que disponibilizou uma caixa d’água em local seguro.

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O Instituto Verdeluz encaminhou, então, à Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema) um pedido para condução da tartaruga até Fortaleza e, em seguida, até Areia Branca, no Rio Grande do Norte. Na região fica localizada a base mais próxima de atendimento para casos do tipo, o projeto Cetáceos da Costa Branca, ligado à Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN).

Segundo Ruama Xavier, integrante do Instituto Verdeluz, a tartaruga ainda está no Ceará e vai ser transportada na quinta-feira, 24, para o Projeto Cetáceos da Costa Branca pela Sema e VerdeLuz. 

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A integrante do Instituto conta que trata-se de um animal juvenil, que ainda vai iniciar seu ciclo reprodutivo. “Como todas as espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no território brasileiro estão em algum nível de ameaça, é muito importante que as tartarugas que encalham com vida tenham a chance de passar pela reabilitação para auxiliar na conservação da espécie”, relata.

Atualmente, o Ceará não possui um local para atendimento e reabilitação de tartarugas marinhas. Assim, casos como o ocorrido no sábado precisam ser enviados a projetos de outros estados. Um centro de tratamento é importante, segundo a Eco Icaraizinho, “para que esses animais não precisem se deslocar até outro estado para serem atendidos e reabilitados. Com isso, aumentam as chances de sobrevivência”.