Varíola dos macacos: seis casos suspeitos foram descartados no Ceará

Estado ainda investiga 10 casos suspeitos, conforme a Secretaria da Saúde do Ceará. Um caso já foi confirmado

16:27 | Jul. 01, 2022

Ceará ainda investiga outros dez casos (foto: Divulgação)

Quatro casos suspeitos de Monkeypox (varíola dos macacos) foram descartados no Ceará. Dois casos que estavam em investigação já haviam sido descartados, conforme a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Ao todo, até esta quinta-feira, 30, seis casos foram descartados.

O paciente com caso confirmado tem 35 anos e mora em Fortaleza. Ele esteve em São Paulo e no Rio de Janeiro, cidades que já registraram confirmação de casos.

Já foram notificados 17 casos suspeitos no Ceará. Segundo a pasta, os casos descartados laboratorialmente são dos municípios de Fortaleza (1) , Maracanaú (1), Cedro (1), São Gonçalo do Amarante (1), Caridade (1) e Ocara (1).

Outros 10 seguem em investigação. Os pacientes ainda com suspeita da varíola dos macacos são residentes dos municípios de Fortaleza (7), Caucaia (1), Juazeiro do Norte (1) e Russas (1).

A Sesa garantee que, em todas as notificações foram aplicadas as medidas recomendadas. Tais como "isolamento, busca ativa de contatos e coleta de material para exames laboratoriais para elucidação do caso e para diagnóstico diferencial para outras doenças, que estão em processamento".

 

O que sabemos sobre a doença

Como é transmitida?

- Principalmente por meio de grandes gotículas respiratórias. Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado;

- Fluidos corporais, contato com alguma lesão ou contato indireto com o material da lesão;

- Por meio da mordida de animais que carregam o vírus ou consumo destes.

Como se prevenir?

- Evitando contato com pessoas com caso suspeito e objetos que essas pessoas tenha usado, bem como com animais que possam estar doentes;- Uso de máscara de proteção e o distanciamento. 

Quais os principais sintomas?

- A doença tem período de incubação pode variar de 5 a 21 dias;

- O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular e falta de energia);

- O estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas — lesões com base plana — para pápulas — lesões dolorosas firmes elevadas).

Qual a gravidade da varíola dos macacos?

- Além de transmissão menor, a letalidade da varíola dos macacos também é bem menor em comparação à varíola humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade da doença surgida mais recentemente é de 3% a 6%. A mortalidade da varíola humana chegava a 30%, conforme o órgão.

- Em geral, os pacientes tomam remédios apenas para tratar os sintomas como dor de cabeça e febre. Casos mais graves podem ocorrer em gestantes, idosos, crianças e pessoas que têm doenças que diminuem a imunidade.

Existem vacinas disponíveis que protegem contra a doença?

- As vacinas contra varíola comum (humana) protegem também contra a varíola dos macacos. Com a erradicação da doença no mundo, em 1980, a vacina deixou de ser aplicada. Pessoas que foram vacinadas há mais de 40 anos contra a varíola humana ainda podem ter alguma proteção;


- Ainda não há recomendação para a vacinação em massa. E não há vacinas disponíveis no mercado neste momento. Se houver surto ou grande frequência de casos, pode ser necessário acionar a indústria para essa produção. (Com agências)