Rio: Prefeitura faz ação para ajudar famílias de mortos, mas ninguém comparece

Ação de assistência social aconteceu na cantina da Paróquia Bom Jesus da Penha, próximo ao local onde a operação foi realizada

19:32 | Nov. 02, 2025

Por: Cidades O POVO
CORPOS enfileirados na Praça São Lucas, na favela Vila Cruzeiro, no complexo da Penha, Rio de Janeiro, em 29 de outubro de 2025 (foto: PABLO PORCIUNCULA / AFP)

Uma ação de assistência social organizada pela prefeitura do Rio de Janeiro para atender familiares dos mortos na operação deflagrada na última terça-feira, 28, nas comunidades do Complexo do Alemão e da Penha terminou sem adesão na manhã deste domingo, 2. As informações são do UOL.

LEIA MAIS | Operações policiais nunca frearam grupos criminosos no Rio, ressalta especialista

A iniciativa ocorreu na cantina da Paróquia Bom Jesus da Penha, localizada a menos de um quilômetro da Praça São Lucas — ponto onde corpos foram enfileirados na última terça-feira, 28. Funcionários municipais permaneceram no local entre 8h e 12h, à disposição para receber parentes dos mortos, mas nenhum morador compareceu.

De acordo com a prefeitura, o objetivo era oferecer informações sobre serviços de apoio, como velório gratuito, benefícios assistenciais e emissão de segunda via de documentos.

Segundo dados da Polícia Civil, 117 pessoas morreram na operação. Até a tarde deste sábado, 1º, 109 corpos haviam sido identificados e oito ainda aguardavam reconhecimento. Entre os mortos, 39 eram de outros estados, como Pará, Amazonas, Goiás e Ceará. 

LEIA MAIS | Cearenses chefes de facção estão entre mortos durante operação policial do Rio de Janeiro

O balanço não inclui os quatro policiais que também morreram na ação.

As autoridades informaram que ao menos 30 dos mortos identificados não tinham antecedentes criminais. O secretário Felipe Curi afirmou que essas pessoas “passavam despercebidas da atuação policial”.