O frevo, ritmo característico do estado de Pernambuco, conquistou o reconhecimento de Patrimônio Imaterial da Humanidade, nesta quarta-feira, 5. A nomeação aconteceu em Paris, durante em cerimônia promovida pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco).

A 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, evento que ocorreu na sede da Unesco, prestigiou o frevo, que foi a única expressão cultural brasileira avaliada nesta sessão. Outras 35 propostas estavam concorrendo, entre elas o canto budista de Ladakh (Índia), o trançado de chapéus de palha (Equador) e a luteria tradicional de violinos em Cremona (Itália).

A inscrição do ritmo brasileiro na cerimônia foi feito pelo Ministério da Cultura (MinC) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No Brasil, o frevo já é reconhecido como Patrimônio Imaterial desde 2007, ano em que completou o seu centenário.

No Livro de Registro das Formas de Expressão do Iphan, o frevo é descrito como 'uma forma de expressão musical, coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda, no estado de Pernambuco. Trata-se de um gênero musical urbano que surgiu no final do século 19, no carnaval, em um momento de transição e efervescência social como uma forma de expressão popular nessas cidades'.

Para a Unesco, o Patrimônio Cultural Imaterial representa práticas e expressões vivas passadas de uma geração à outra, onde abrange artes performáticas, práticas sociais, eventos celebratórios, trabalhos artesanais e tradições orais.

Redação O POVO Online