Após fala de Ivo, Salmito diz que grupo pró-Izolda estava certo ao defender reeleição da governadora

O prefeito de Sobral disse que o apoio de Cid Gomes a RC "simplesmente não existe"

16:23 | Ago. 04, 2022

FORTALEZA, CE, BRASIL, 20.06.2022: Evento Mais Paic comemora 15 anos do programa de educação no estado. Dep. Salmito (Foto: Thais Mesquita/OPOVO) (foto: thais mesquita)

Nessa quarta-feira, 3, o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), revelou que desconhece o apoio do ex-governador e atual senador, Cid Gomes (PDT), à campanha de Roberto Cláudio (PDT) ao Palácio da Abolição. A escolha de RC como candidato ao Governo do Ceará, em detrimento da governadora Izolda Cela (sem partido), resultou na quebra da aliança com o PT e no descontentamento por parte de alguns pedetistas.

"Engraçado, pra não dizer outra coisa, o meu partido. Ignora e alija Cid do processo de escolha do candidato. Agora quer enganar os entrevistados de pesquisa exigindo na justiça a menção de um apoio do mesmo Cid a RC, apoio esse que simplesmente não existe", escreveu o gestor em uma publicação no Instagram. A fala de Ivo repercutiu nos bastidores do PDT estadual, mas a maioria dos parlamentares pedetistas optou por não se pronunciar oficialmente sobre o assunto.

Salmito Filho (PDT), no entanto, disse ao O POVO que viu as manifestações de Ivo "com respeito e muita atenção". Para o deputado, os pedetistas que defenderam a continuidade da aliança com o PT estavam certos.

"Minha sensação é de que realmente acertamos quando nos posicionamos em defesa da unidade do arco de aliança de um projeto que proporcionou de 2007 a 2022 direitos sociais e oportunidades para a população cearense", afirmou.

E como consequência da cisão entre as legendas, alguns prefeitos da base governista anunciaram suas desfiliações do PDT para apoiar as candidaturas de Elmano Freitas (PT) ao Governo, e do ex-governador Camilo Santana (PT) ao Senado.

Por conta deste contexto, Salmito acredita que Izolda era o nome certo para a manutenção da aliança, resultando em uma campanha com a maior coligação de partidos (e tempo de rádio e televisão). "(Estávamos certos) quando também defendemos o direito à reeleição que a governadora Izolda tinha como o nome que garantia a referida unidade", finalizou.

O POVO tentou entrar em contato com o presidente estadual do PDT, André Figueiredo, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno. Idilvan Alencar (PDT) e Eduardo Bismarck (PDT) - deputado federal - também foram procurados e não responderam aos questionamentos.