Anvisa mantém indicação da vacina Pfizer para adolescentes e contradiz Ministério

Conforme a agência reguladora, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina

19:33 | Set. 16, 2021

Efetividade das vacinas diz respeito à proteção que elas conferiram às pessoas quando estão sendo aplicadas na população (foto: Myke Sena/MS)

Em nota, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que investiga a morte de uma adolescente de 16 anos após inoculação da vacina Pfizer, mas destacou que, neste momento, não há relação causal entre o imunizante e a morte, motivo pelo qual defendeu que a vacinação prossiga, com a aplicação em todos os adolescentes.

"Os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal com a vacina", diz a nota da agência reguladora, que diverge da orientação do Ministério da Saúde, que recomendou suspender a vacinação de adolescentes.

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"A Anvisa já iniciou avaliação e a comunicação com outras autoridades públicas e adotará todas as ações necessárias para a rápida conclusão da investigação. Entretanto, com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina."

Diferentemente do dado fornecido pelo ministro Marcelo Queiroga, 1,5 mil adolescentes apresentaram eventos adversos após a vacina. Isso representaria 0,042% do total. A Anvisa também diverge: até o dia 15 de setembro, informa o comunicado, foram 32 notificações de eventos adversos após vacinação de adolescentes com a vacina Pfizer. Conforme a Anvisa, nenhum óbito foi relacionado à vacina.