Covid-19: Maior internação de crianças pode estar relacionada à nova cepa, diz Cabeto

Secretário da Saúde do Estado do Ceará, o Dr. Cabeto ainda ponderou que o aumento pode estar relacionado com o período chuvoso, que tradicionalmente leva mais crianças aos hospitais

23:36 | Fev. 02, 2021

Casos graves de crianças tem aumentado nas últimas semanas. Na foto: corredor do hospital IJF2 — o hospital conta com leitos para o tratamento de crianças, adultos e idosos. (foto: Divulgação/IJF )

O aumento do número de internações de crianças em decorrência da Covid-19 pode estar relacionada a uma nova variante do vírus, de acordo com o secretário da Saúde do Estado do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto. Ele destacou que o novo perfil epidemiológico da doença — que tem atingido um percentual maior de pessoas mais jovens — pode ter relação com uma nova cepa ou ainda com uma mudança do comportamento social.

Cabeto explicou que essa relação foi o que motivou a adoção de medidas restritivas anunciadas na noite desta terça-feira, 2, como a proibição do funcionamento de restaurantes a partir das 15 horas nos fins de semana. “Precisamos do apoio da sociedade, especialmente da população mais jovem, para que as medidas sejam cumpridas e possamos evitar a circulação do vírus”, enfatizou.

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O aumento do número de casos graves pode ainda estar relacionado com a proximidade da estação chuvosa, conforme o secretário. Ele lembrou que tradicionalmente é observada a ampliação dessa demanda no Estado neste período do ano, até o mês de abril. “Nós temos um maior número de crianças procurando os hospitais, mas precisamos ficar atentos, para reconhecer se está realmente relacionado a essa nova cepa”, pontuou.

Diante do aumento do número de casos, o secretário explicou ainda como deve acontecer a logística para ampliação de leitos de UTI. Até março, o número de leitos deve dobrar em Fortaleza, chegando a cerca de 700 equipamentos destinados para pacientes com Covid-19. Esse incremento seguirá monitoramento dos dados da pandemia e pode ser antecipado, caso seja necessário.

(Com informações da repórter Ana Rute Ramires/O POVO)