Covid-19: Fortaleza tem aumento da circulação viral na 1ª quinzena de janeiro

Positividade das amostras nos laboratórios da rede pública cresceu para 31% entre os dias 1º e 14 de janeiro, conforme boletim publicado nesta sexta-feira, 15, pela Secretaria Municipal da Saúde

20:38 | Jan. 15, 2021

Aterro da Praia de Iracema é local de recorrentes aglomerações na Capital (foto: Barbara Moira)

Mais uma vez, boletim epidemiológico semanal da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) indica redução na média móvel de casos e de óbitos em Fortaleza justificada por atraso na liberação de exames. Conforme documento publicado nesta sexta-feira, 15, há aumento da circulação viral do coronavírus na Capital. A proporção de positividade das amostras (RT-PCR) de residentes de Fortaleza nos laboratórios da rede pública cresceu para 31% entre os dias 1º e 14 de janeiro.

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O documento anterior, publicado há uma semana, registra que, entre os dias 28 de dezembro 2020 a 7 de janeiro 2021, essa proporção era de 22,4%. 

Análise espacial das ocorrências de novembro de 2020 a janeiro de 2021, concluiu que a segunda onda da Covid-19 cresceu a partir de cadeias de transmissão iniciadas entre jovens dos bairros mais favorecidos em outubro. Atualmente, há dispersão significativa para outras áreas da cidade, com formação de clusters (aglomerado de casos) de alta intensidade. Nas áreas periféricas, contudo, é registrado o maior número de mortos. 

A média móvel de casos de Covid-19 em Fortaleza nesta sexta-feira, 15, (170,7 casos) é 30% menor do que a registrada há duas semanas. A média móvel de óbitos dos últimos sete dias (2,4) também apresenta decréscimo. A taxa é 45% menor em comparação à mensurada quatorze dias atrás (4,4).

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O declínio dos números "pode refletir o natural retardo das notificações mais recentes e ainda estar influenciado pelo menor número de coletas devido aos feriados natalino e de passagem do ano". Por essa razão, conforme a SMS, o decaimento observado na média móvel mais recente deve ser considerado  preliminar.