Vacina contra coronavírus produzida na Rússia deve entrar em fase final já em agosto

Resultados iniciais da imunização mostraram que o medicamento é seguro para uso. Outras duas vacinas, uma inglesa, que está sendo testada no Brasil, e outra chinesa, já estão na fase final

16:43 | Jul. 13, 2020

Outras possíveis vacinas também estão na fase de testes clínicos, com aplicação em voluntários (foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Uma vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, em Moscou, capital da Rússia, pode entrar na fase final de testes ainda em agosto deste ano. Conforme informações da agência de notícias russa RIA e divulgadas pelo portal suíço Swissinfo, nesta segunda-feira, 13. Resultados iniciais em testagem em humanos mostrou que o medicamento é seguro para uso.

A primeira fase de testes da vacina em humanos ocorreu em 18 de junho deste ano, com 18 voluntários. Na ocasião, o medicamento não apresentou efeito colateral nos participantes, o que impulsionou a fase 2, que também serve para comprovar a segurança da vacina. A informações são do Swissinfo.

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Além de não apresentar reações, os voluntários desenvolveram uma reação imunológica à vacina. Caso continue nesse ritmo, entre os dias 14 e 15 de agosto uma pequena quantidade do medicamento já deve estar em circulação pública, processo que será equivalente a fase 3 do teste. 

Nessa última etapa do processo, todos os que receberem a vacina ficarão sob supervisão, para que especialistas possam monitorar como o organismo vai reagir mediante a substância. De acordo com o portal,  apenas duas vacinas estão em testes finais de fase 3 atualmente, uma da chinesa Sinopharm e outra da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que realiza uma parte do procedimento no Brasil. 

A fase final de uma vacina, porém, tende a ser a mais demorada e a distribuição da imunização só começa após o fim desta etapa, que costuma durar entre 12 a 18 meses.